Cibersexo, saúde mental e intimidade : um estudo exploratório junto de uma população com perturbação de uso de substâncias psicoactivas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pires, Teodomiro Miguel Basto Frazão Urbano
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/37890
Resumo: Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia Sistémica), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2018
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spelling Cibersexo, saúde mental e intimidade : um estudo exploratório junto de uma população com perturbação de uso de substâncias psicoactivasSaúde mentalSubstâncias psicoactivasIntimidadeTeses de mestrado - 2018Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaTese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicologia Sistémica), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2018O cibersexo refere-se ao uso da Internet para aceder a diversas actividades sexuais online. Vários autores mencionam que o cibersexo problemático tem a dependência de substâncias psicoactivas como comorbilidade, porém não se encontram estudos que o demonstrem. Assim, investigou-se a prevalência do uso de cibersexo numa amostra de 100 pessoas em tratamento por perturbação de uso de substâncias psicoactivas e estudou-se as relações que o uso de cibersexo tem com a saúde mental, com as queixas subjectivas no quotidiano devido a actividades de cibersexo e os sintomas potenciais de dependência de cibersexo, bem como com a intimidade do casal (segundo a percepção do participante). Também foi analisada a associação entre a saúde mental e as queixas subjectivas no quotidiano devido a actividades de cibersexo e os sintomas potenciais de dependência de cibersexo. Para além disso, estudou-se a relação de quatro características da amostra (idade, sexo, substância psicoactiva de eleição e estado civil) com o uso de cibersexo. Não existindo estudos prévios que relacionem ocibersexo com a dependência de substâncias psicoactivas, esta investigação consiste numestudo exploratório e descritivo, onde se aplicou um questionário composto por um Questionário de Caracterização do Participante, um Questionário de Utilização de Cibersexo, oShort Internet Addiction Test Adapted to Cybersex (versão portuguesa), as Escalas deAnsiedade, Depressão e Stress, e as Escalas de Bem-Estar Psicológico (versão experimental reduzida). Do presente estudo pode concluir-se que existe uma prevalência elevada de uso de cibersexo ao longo da vida, na população com perturbação de uso de substâncias psicoactivas; que os indivíduos que têm a cocaína como droga de eleição apresentam significativamente maior tempo de uso de pornografia e médias de frequência de uso da generalidade das actividades de cibersexo superiores às dos participantes que têm o álcool como substância de eleição; que os indivíduos do sexo masculino e os mais jovens são os que apresentam maior prevalência de uso de cibersexo nos últimos 6 meses; que a frequência de uso não varia entre sexos em qualquer uma das actividades sexuais online estudadas; que a frequência de uso de pornografia e de procura de informação sobre sexo ou práticas sexuais se relaciona com sintomas de dependência de cibersexo e com queixas subjectivas no quotidiano; enquanto a frequência de troca de mensagens e/ou imagens de conteúdo sexual se relaciona com o bem-estar psicológico. Os resultados mostram ainda que os participantes que se encontram envolvidos em relações amorosas estáveis têm a percepção que o cibersexo influencia positivamente a relação de intimidade com o(a) companheiro(a) e que os que não estão numa relação amorosa estável apresentam uma tendência para utilizarem cibersexo com maior frequência, para apresentarem pior saúde mental, mais queixas subjectivas do quotidiano devido às actividades sexuais online e mais sintomas potenciais de dependência ao cibersexo. São ainda abordadas possíveis implicações deste trabalho e sugeridas novas abordagens de investigação, tendo em conta as limitações indicadas.Cybersex refers to using the Internet to access various online sexual activities. Several authors mention that problematic cybersex has substance addiction as a comorbidity, but there are no studies that demonstrate this. Thus, we investigated the prevalence of cybersex use in a sample of 100 people under treatment for substance use disorders and studied the relationships that the use of cybersex has with mental health, with subjective complaints in daily life due to cybersex activities and the potential symptoms of cybersex addiction, as well as the intimacy of the couple (according to the participant's perception). We also analyzed the association between mental health and subjective complaints in everyday life due to cybersex activities and potential symptoms of cybersex addiction. In addition, we studied the relation between four characteristics of the sample (age, sex, psychoactive substance of choice and marital status) and the use of cybersex. In the absence of previous studies that relate cybersex to psychoactive substance addiction, this investigation consists of an exploratory and descriptive study, where a questionnaire was applied, composed of a Participant Characterization Questionnaire, a Cybersex Use Questionnaire, the Short Internet Addiction Test Adapted to Cybersex (Portuguese version), the Anxiety, Depression and Stress Scales, and the Psychological Well-Being Scales (reduced trial version). From the present study, it can be concluded that there is a high prevalence of cybersex use throughout life in the population with psychoactive substance use disorders; that individuals who have cocaine as drug of choice have significantly longer time of use of pornography and means of frequency of use of most of the cybersex activities than those who have alcohol as substance of choice; that the male and younger individuals are the ones with the highest prevalence of cybersex use in the last 6 months; that the frequency of use does not vary between sexes in any of the online sexual activities studied; that the frequency of use of pornography and the search for information on sex or sexual practices is related to symptoms of cybersex dependence and to subjective complaints in the daily life; while the frequency of exchange of messages and / or images of sexual content is related to psychological well-being. The results also show that participants who are involved in stable relationships have the perception that cybersex positively influences the relationship of intimacy with the partner and that those who are not in a stable relationship have a tendency to use cybersex more often, to present worse mental health, more subjective everyday complaints due to online sexual activities and more potential symptoms of cybersex addiction. The possible implications of this work are also discussed and new research approaches are suggested, taking into account the limitations indicated.Ribeiro, Maria Teresa, 1962-Repositório da Universidade de LisboaPires, Teodomiro Miguel Basto Frazão Urbano2019-04-09T09:12:19Z20182018-10-042018-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/37890TID:202188353porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:35:17Zoai:repositorio.ul.pt:10451/37890Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:51:51.051621Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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