A saúde mental dos estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1025 |
Resumo: | O principal objectivo deste estudo foi investigar as relações entre os níveis de saúde mental dos estudantes de medicina da Universidade da Beira Interior, nas suas vertentes positivas e negativas (bem-estar e distress psicológico respectivamente) e factores sócio-demográficos, anos de curso, consumo de substâncias psicoactivas e acompanhamento psicológico por profissional de saúde. Este estudo transversal consistiu na aplicação online de um questionário anónimo, construído para o efeito, que esteve disponível entre Fevereiro e Março de 2009, constituído por quatro secções: a) Dados sócio-demográficos b) Inventário de Saúde Mental de Ribeiro (MHI) c) Consumo de substâncias psicoactivas no último mês e d) Apoio psicológico. Os resultados foram analisados no programa estatístico SPSS versão 17 para Windows e consideraram-se os resultados significativos para p <0,05. No total, 272 (49,3%) estudantes responderam ao inquérito, 215 do sexo feminino. O ciclo básico de formação apresentou níveis significativamente inferiores na escala de bem-estar psicológico. O sexo feminino, o 3º ano de formação e o consumo de tranquilizantes/sedativos no último mês revelaram uma influência negativa, estatisticamente significativa, em ambas as vertentes de saúde mental avaliadas. Não houve relação estatística entre os níveis de saúde mental e o consumo de outras substâncias psicoactivas. Constatou-se que, dos estudantes com níveis de saúde mental abaixo da média, 8,6% é seguido por profissionais de saúde e 10% realiza terapêutica farmacológica a longo prazo para sintomas relacionados com a saúde mental. Cerca de 10% dos estudantes já realizou terapêutica farmacológica sem prescrição médica para sintomas relacionados com a saúde mental e estes apresentam níveis significativamente inferiores de saúde mental. A ideação suicida no último mês foi reportada por 10% dos estudantes. Este estudo aponta para a necessidade de se compreender as causas e as consequências dos piores níveis de saúde mental no ciclo básico de formação, predominantemente no 1º e 3º ano, assim como nos estudantes do sexo feminino. É necessário promover estratégias que promovam o bem-estar psicológico durante a formação médica, ensinem os estudantes a entender e a lidar com sintomas de distress e ajudá-los a reconhecer quando necessitam de ajuda, disponibilizando-a. |
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