Aspectos psicológicos da perturbação de excitação genital persistente
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/7383 |
Resumo: | A PGAD é uma condição que raramente é diagnosticada e da qual ainda pouco se conhece. Para as mulheres que diariamente vivem com todos os sintomas de forma intrusiva e incontrolável inerentes à PGAD, esta é causa de um elevado distress a nível físico e psicológico. Esta perturbação é caracterizada por uma excitação involuntária na zona genital e que não está associada a desejo sexual e/ou à presença de estímulos sexuais. Nos últimos cinco anos têm existido crescentes estudos empíricos nomeadamente na procura de causas e tratamentos específicos. Desta forma, considera-se a possível inclusão da PGAD como nova entidade clínica de diagnóstico das disfunções sexuais femininas (Balon, 2010). O presente estudo tem como objectivo principal explorar variáveis psicológicas associados à PGAD, nomeadamente traços de personalidade, crenças sexuais e sintomas psicopatológicos. O estudo envolveu 43 mulheres com PGAD e 42 sem história de PGAD (grupo de controlo). Os instrumentos utilizados foram o NEOFFI – Inventário de Personalidade (NEO-FFI; Costa & McCrae, 1992), o Breve Inventário de Sintomas (BSI; Derogatis & Spencer, 1982) e o Questionário de Crenças Sexuais Disfuncionais (SDBQ - versão feminina; Nobre, Pinto- Gouveia, & Gomes, 2003). Os resultados indicaram que as mulheres com PGAD apresentam significativamente menor abertura enquanto traço de personalidade, mais crenças sexuais disfuncionais (e.g. conservadorismo sexual) e maior sintomatologia psicopatológica (e.g. ansiedade, depressão, somatização, psicoticismo) comparativamente ao grupo de controlo. No geral, os resultados obtidos sugerem que as variáveis psicológicas estudadas estão associadas à PGAD, podendo desempenhar um papel na sua etiologia e manutenção. |
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Aspectos psicológicos da perturbação de excitação genital persistentePsicologia clínicaPsicopatologiaPsicologia sexualSexualidade: MulheresComportamento sexualA PGAD é uma condição que raramente é diagnosticada e da qual ainda pouco se conhece. Para as mulheres que diariamente vivem com todos os sintomas de forma intrusiva e incontrolável inerentes à PGAD, esta é causa de um elevado distress a nível físico e psicológico. Esta perturbação é caracterizada por uma excitação involuntária na zona genital e que não está associada a desejo sexual e/ou à presença de estímulos sexuais. Nos últimos cinco anos têm existido crescentes estudos empíricos nomeadamente na procura de causas e tratamentos específicos. Desta forma, considera-se a possível inclusão da PGAD como nova entidade clínica de diagnóstico das disfunções sexuais femininas (Balon, 2010). O presente estudo tem como objectivo principal explorar variáveis psicológicas associados à PGAD, nomeadamente traços de personalidade, crenças sexuais e sintomas psicopatológicos. O estudo envolveu 43 mulheres com PGAD e 42 sem história de PGAD (grupo de controlo). Os instrumentos utilizados foram o NEOFFI – Inventário de Personalidade (NEO-FFI; Costa & McCrae, 1992), o Breve Inventário de Sintomas (BSI; Derogatis & Spencer, 1982) e o Questionário de Crenças Sexuais Disfuncionais (SDBQ - versão feminina; Nobre, Pinto- Gouveia, & Gomes, 2003). Os resultados indicaram que as mulheres com PGAD apresentam significativamente menor abertura enquanto traço de personalidade, mais crenças sexuais disfuncionais (e.g. conservadorismo sexual) e maior sintomatologia psicopatológica (e.g. ansiedade, depressão, somatização, psicoticismo) comparativamente ao grupo de controlo. No geral, os resultados obtidos sugerem que as variáveis psicológicas estudadas estão associadas à PGAD, podendo desempenhar um papel na sua etiologia e manutenção.PGAD is a rare clinical condition characterized by an involuntary arousal in the genital area which is not associated with sexual desire and/or the presence of sexual stimulus. For individuals who experienced PGAD symptoms as intrusive and unwanted, this is the cause of considerable physical and psychological distress. In the last five years, there has been increasing empirical studies on potential causes and treatments for PGAD. Moreover, this condition is considered for possible inclusion as a new clinical diagnosis of female sexual dysfunction (Balon, 2010). The main purpose of the present study was to explore psychological variables associated to PGAD, including personality traits, sexual beliefs, and psychopathological symptoms. The sample was composed of 43 women with PGAD and 42 without history of PGAD (control group). The measures used were: the NEO-FFI – Personality Inventory (NEOFFI; Costa & McCrae, 1992), the Brief Symptom Inventory (BSI; Derogatis & Spencer, 1982) and the Sexual Dysfunctional Beliefs Questionnaire (SDBQ – female version; Nobre, Pinto-Gouveia, & Gomes, 2003). The results indicated that women with PGAD have significantly less openness to experience as a personality trait, more sexual dysfunctional believes (e.g. sexual conservatism) and higher psychopathological symptoms (e.g. anxiety, depression, somatisation and psychoticism) compared to the control group. Overall, findings suggest that these psychological dimensions are associated with PGAD and may play a role on its etiology and maintenance.Universidade de Aveiro2012-03-19T15:17:21Z2011-01-01T00:00:00Z2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/7383porVeríssimo, Ana Catarina Pereira Nunesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:12:47Zoai:ria.ua.pt:10773/7383Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:45:04.742281Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A PGAD é uma condição que raramente é diagnosticada e da qual ainda pouco se conhece. Para as mulheres que diariamente vivem com todos os sintomas de forma intrusiva e incontrolável inerentes à PGAD, esta é causa de um elevado distress a nível físico e psicológico. Esta perturbação é caracterizada por uma excitação involuntária na zona genital e que não está associada a desejo sexual e/ou à presença de estímulos sexuais. Nos últimos cinco anos têm existido crescentes estudos empíricos nomeadamente na procura de causas e tratamentos específicos. Desta forma, considera-se a possível inclusão da PGAD como nova entidade clínica de diagnóstico das disfunções sexuais femininas (Balon, 2010). O presente estudo tem como objectivo principal explorar variáveis psicológicas associados à PGAD, nomeadamente traços de personalidade, crenças sexuais e sintomas psicopatológicos. O estudo envolveu 43 mulheres com PGAD e 42 sem história de PGAD (grupo de controlo). Os instrumentos utilizados foram o NEOFFI – Inventário de Personalidade (NEO-FFI; Costa & McCrae, 1992), o Breve Inventário de Sintomas (BSI; Derogatis & Spencer, 1982) e o Questionário de Crenças Sexuais Disfuncionais (SDBQ - versão feminina; Nobre, Pinto- Gouveia, & Gomes, 2003). Os resultados indicaram que as mulheres com PGAD apresentam significativamente menor abertura enquanto traço de personalidade, mais crenças sexuais disfuncionais (e.g. conservadorismo sexual) e maior sintomatologia psicopatológica (e.g. ansiedade, depressão, somatização, psicoticismo) comparativamente ao grupo de controlo. No geral, os resultados obtidos sugerem que as variáveis psicológicas estudadas estão associadas à PGAD, podendo desempenhar um papel na sua etiologia e manutenção. |
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