Monitoramento da carga de treinamento na ginástica rítmica: atletas do programa atleta cidadão da cidade de São José dos Campos, SP - Brasil

• Autor(a) principal: Pedroso, Claudia Maria de Lemos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/11481
• topic: Carga de treinamento; Desempenho físico

O objetivo desse estudo foi monitorar o treinamento de ginastas praticantes de ginástica rítmica de diferentes níveis competitivos e escalões de idade (desempenho físico, carga interna de treino, estado de recuperação e stress recuperação e correlacionar o desempenho físico, carga de treino e estado de recuperação). Participaram 29 atletas do Programa Atleta Cidadão da Secretaria de Esporte e Qualidade de Vida da Prefeitura de São José dos Campos – São Paulo – Brasil. As atletas foram divididas em quatro grupos, conforme a faixa etária; GrA – 8 à 10 anos, nomeadas como pré-infantil sendo 08 atletas; GrB – 10 à 12 anos, nomeadas como infantil sendo 07 atletas, GrC – 12 à 15 anos, nomeadas como juvenil, sendo 08 atletas e Gr D – 16 à 18 anos, nomeadas como adulto, sendo 06 atletas. Para a caracterização da amostra avaliamos a massa corporal e estatura, o Índice de Massa Corporal, assim como a maturação biológica (escala de Tanner). A pesquisa teve duração de 4 semanas, iniciando imediatamente após o retorno aos treinos pós-pandemia. Durante esse período foram elaboradas as coreografias, houve uma apresentação das mesmas e a disputa do Campeonato Estadual da Federação Paulista de Ginástica Rítmica e Copa São Paulo da Federação Paulista de Ginástica Rítmica. O tratamento de dados e análise estatística foi efetuado por meio do SPSS® versão 27. Como variáveis inferenciais, para avaliação do desempenho físico recorremos ao hop test e salto com contramovimento, na análise de comparação da semana 1 e da semana 4 houve diferença significativa na altura do salto (25,34 ± 2,58 e 24,71 ± 2,58) no GrA para menos, na impulsão horizontal direita (126,46 ± 10,61 e 133,46 ± 11,09), impulsão horizontal esquerda (125,00 ± 10,32 e 134,29 ± 12,58) e na altura do salto (25,94 ± 3,41 e 27,81 ± 3.15) ocorreu no GrB e no GrC apenas na impulsão horizontal direita (139,50 ± 17,89 e 145,85 ± 19,11). Para a classificação da carga interna de treino, avaliamos a Percepção Subjetiva de Esforço, monotonia e o strain, tendo como diferença significativa no strain o GrA (10253 ± 11604 e 15946 ± 8481) na semana 1 e semana 4. Para analisar o estado de recuperação, avaliamos o TQR e obtivemos a média da TQR de todas as sessões de 16,92 ± 2,10 (acima de “muito bem recuperado”). O GrA foi o que apresentou as médias mais altas nas semanas 1 e 4 (18,90 ± 1,09 e 19,25 ± 0,23) respetivamente (extremamente bem recuperado) e o GrB com as médias mais baixas (15,53 ± 2,54) na semana 1 e (14,62 ± 2,69) na semana 4. Para analisar o stress recuperação foi utilizado o RESTQ-Sport onde o questionário foi dividido em 19 escalas e realizado na semana 1. Nas escalas de Estresse Geral, o GrC apresentou os valores considerados “moderados”; nas escalas de Recuperação Geral, o GrA apresentou os valores considerados “altos; nas escalas de Estresse no Esporte o GrA teve valores considerados “baixos” e na escala de Recuperação Específica o GrA obteve os valores considerados “altos”. Na correlação entre desempenho físico, carga interna de treino e recuperação, as variáveis de desempenho físico foram associadas à CTD de forma moderada. Entre a impulsão direita, a impulsão esquerda, a altura do salto e a monotonia a associação foi muito fraca e em relação ao strain foi fraca. Quanto ao desempenho físico e a TQR a associação foi muito forte apenas na impulsão horizontal direita. Concluímos que o monitoramento da carga de treinamento em todos os períodos de treinamento é essencial para uma adequação às cargas externas, utilizando equipamentos simples, de baixo custo, de fácil aplicabilidade, com confiabilidade e fidedignidade, auxiliando as comissões técnicas.