Promover o questionamento junto de alunos de ciências do ensino básico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Raquel
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Torres, Joana, Moutinho, Sara, Almeida, António, Vasconcelos, Clara
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/21702
Resumo: O papel do questionamento é indubitável no desenvolvimento do raciocínio científico e de uma cidadania ativa alicerçada numa posição crítica e reflexiva. As competências de questionamento são potenciadas na Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas (ABRP), uma metodologia de ensino centrada no aluno, que parte de situações problemáticas quotidianas para o desenvolvimento de novas aprendizagens. Contudo, nas aulas de ciências do nosso país, o ensino continua a ser fundamentado em perspetivas centradas no professor (Freitas, Jiménez & Mellado, 2004), onde o questionamento dos alunos é pouco relevado. Note-se que mesmo internacionalmente, as questões colocadas pelos alunos são de baixo nível cognitivo (Dahlgren & Öberg, 2001), emergindo essencialmente questões do tipo enciclopédico e de compreensão. Com o presente trabalho pretendeu-se averiguar se a aplicação de cenários problemáticos quotidianos, segundo a metodologia da ABRP, era relevante na promoção da formulação de questões de aprendizagem de elevado nível cognitivo. A amostra, constituída por 44 alunos de Ciências Naturais que frequentavam o 9.º ano do Ensino Básico numa escola pública do norte do país, não estava familiarizada com a metodologia de ensino mencionada, nem com a formulação de questões. Numa perspetiva de estudo de caso, recolheram-se dados inerentes à tipologia de questões constantes em fichas de monitorização preenchidas pelos alunos. Os resultados obtidos revelaram que perante um primeiro cenário orientado para a ABRP, apenas foram formuladas questões de informação de baixo nível cognitivo. Após uma intervenção que teve como objetivo ensinar os alunos as diferentes tipologias de questões, aplicou-se um segundo cenário. Os resultados da sua aplicação demonstraram uma formulação de questões de aprendizagem de nível cognitivo superior. A análise dos resultados após a aplicação dos dois cenários colocou em evidência a relevância de ensinar aos alunos as diferentes tipologias de questões, facto que terá promovido a formulação de questões de nível cognitivo mais elevado.
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