Cyberbullying : as perceções e o descomprometimento moral no discurso dos professores

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalhal, Sara Alexandra Vasques
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/41569
Resumo: Tese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia da Educação e da Orientação), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2019
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spelling Cyberbullying : as perceções e o descomprometimento moral no discurso dos professoresCyberbullyingPercepçõesProfessoresTeses de mestrado - 2019Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaTese de mestrado, Psicologia (Área de Especialização em Psicologia da Educação e da Orientação), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2019O presente estudo tem como objetivo perceber que mecanismos de descomprometimento moral emergem no discurso dos professores, relativamente ao comportamento de agressores de cyberbullying. Propõe-se de igual forma perceber quais as perceções dos professores sobre o fenómeno de cyberbullying. Neste âmbito, foram realizadas 20 entrevistas semiestruturadas, a professores, com idades compreendidas entre os 25 e os 65 anos. A análise temática dos dados revelou que os mecanismos de descomprometimento moral que apresentaram maior incidência no discurso dos professores foram a linguagem eufemística e a comparação vantajosa. Estes resultados indicam, assim, que os professores desvalorizaram a gravidade do comportamento do agressor, comparativamente com situações que consideravam mais graves e tentam justificá-lo. Verificou-se também alguma incidência no que respeita à atribuição de culpa à vítima e ao deslocamento da responsabilidade. Estes resultados indicam que os professores que se descomprometem moralmente das situações de cyberbullying parecem desvalorizar o grau de seriedade do comportamento do agressor, utilizando uma justificação moral ou comparandoo com algo que para si é percecionado como mais grave (i.e., justificação moral e comparação vantajosa), além de atribuírem frequentemente a responsabilidade pelo comportamento do agressor à vítima (i.e., atribuição de culpa). Quando às perceções, verificou-se que a maioria dos professores tinha conhecimento do fenómeno de cyberbullying e que a escola tinha tomado prevenções no âmbito desta problemática. No entanto verificou-se entre os professores uma confusão de conceitos na medida em que referiram que o conceito de cyberbullying era uma agressão, não mencionando características específicas, como a repetição e a intencionalidade. No que respeita às estratégias de intervenção, foi referido que existe pouca intervenção ainda neste âmbito, no entanto os professores mencionaram algumas estratégias, tais como o diálogo com a turma, participação do comportamento ao diretor de turma, falar com a vítima, falar com os alunos, falar com a família ou a polícia e a elaboração de formações e workshops. O presente estudo contribuiu para providenciar uma maior compreensão do papel dos professores na intervenção em situações de cyberbullying. Este estudo torna-se importante na medida em que, com os resultados obtidos das perceções dos professores, podem-se definir estratégias de intervenção no que respeita a este fenómeno.The present study aims to investigate teachers’ perceptions of cyberbullying and the moral disengagement mechanisms that may emerge in their discourse regarding the phenomenon. It also proposed to understand the strategies teachers suggest to resolve cyberbullying situations. Twenty semi-structured interviews were conducted with 25 to 65-year-old teachers from a group of schools. A thematic analysis revealed that most teachers were aware of the concept of cyberbullying and the prevention measures which have been taken in their schools with regards to this phenomenon. Regarding teachers’ perceptions of cyberbullying, most were aware of the phenomenon and that the school had taken precautions in the context of this problem. However, specific characteristics of cyberbullying which are included in its definition, such as repetition and intentionality, were not mentioned. The mechanisms of moral disengagement that emerged with greater frequency in teachers’ discourse were euphemistic labelling and advantageous comparison. These findings indicate that teachers who were morally disengaged from cyberbullying situations seemed to devalue the degree of seriousness of the aggressor's behavior in some way, when compared to situations that they found severer and therefore, tried to justify it. Findings also indicated that there was some attribution of guilt to the victim and displacement of responsibility. Regarding intervention strategies, teachers mentioned that there is little intervention in this area. However, teachers referred to some strategies, such as debating with the class, reporting the behavior to the class director, speaking to the victim, other students, with family the or police, and preparing training and workshops. In line with these findings, this study contributed to providing a greater understanding of the role of teachers in preventing and intervening in cyberbullying situations. This study also provides important insights to define intervention strategies regarding this phenomenon.Simão, Ana Margarida Veiga, 1957-Ferreira, Paula Alexandra Nunes da Costa, 1976-Repositório da Universidade de LisboaCarvalhal, Sara Alexandra Vasques2020-02-04T11:18:09Z20192019-07-012019-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/41569TID:202466213porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:41:06Zoai:repositorio.ul.pt:10451/41569Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:54:48.655144Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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