Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.10/386 |
Resumo: | Contexto. O Registo Nacional do Recém-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) funciona em Portugal desde 1994; faz parte dos seus objectivos principais o registo da população sobrevivente dos RNMBP para avaliação prospectiva do neuro desenvolvimento e das sequelas. Objetivo. Determinar as características do acompanhamento do neurodesenvolvimento dos RNMBP em Portugal, em internamento e em ambulatório. Metodologia. Revisão sistemática dos artigos publicados em revistas médicas portuguesas sobre a evolução após alta de RNMBP e aplicação de um inquérito sobre o acompanha - mento do neurodesenvolvimento dos RNMBP às Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais portuguesas. Resultados. Das Unidades integradas no Registo Nacional de RNMBP, 38% referem possuir um programa de intervenção específico para este grupo durante o internamento. Em 25% dos casos, este programa integra apenas neonatologistas e enfermeiras. Após a alta, a totalidade dos RNMBP tem programado acompanhamento em consulta de desenvolvimento. Esta é realizada, na maioria dos casos, por neonatologistas e em 25% dos hospitais por equipas multidisciplinares que incluem, por ordem de frequência, Medicina Física e Reabilitação, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Fisiotera pia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Psi co logia e Psico motricidade. A maioria das crianças é acompanhada até à idade escolar escolar (6-10 anos), mas algumas são-no apenas nos dois primeiros anos de vida, o que é nitidamente insuficiente. Em Portugal, apesar de não existirem publicados estudos de seguimento do RNMBP na idade escolar, os resultados apontam para a prematuridade como sendo causa de sequelas major como paralisia cerebral, mas também défice cognitivo, alterações neurossensoriais graves ou disfunções cerebrais minor como atraso da linguagem, défice de atenção e hiperactividade, alterações do comportamento e labilidade emocional. Estes problemas aumentam o risco de insucesso escolar e as necessidades de apoio de educação especial, persistindo até à idade adulta. Conclusões. É necessário estudar este grupo da população portuguesa de modo a organizar as estruturas da saúde, educação e sociais para poder dar resposta às necessidades especiais deste grupo de crianças. |
id |
RCAP_d9fca530639b64b3fe218647dca5504f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.hff.min-saude.pt:10400.10/386 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em PortugalRecém-nascidoBaixo peso ao nascerDesenvolvimento infantilContexto. O Registo Nacional do Recém-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) funciona em Portugal desde 1994; faz parte dos seus objectivos principais o registo da população sobrevivente dos RNMBP para avaliação prospectiva do neuro desenvolvimento e das sequelas. Objetivo. Determinar as características do acompanhamento do neurodesenvolvimento dos RNMBP em Portugal, em internamento e em ambulatório. Metodologia. Revisão sistemática dos artigos publicados em revistas médicas portuguesas sobre a evolução após alta de RNMBP e aplicação de um inquérito sobre o acompanha - mento do neurodesenvolvimento dos RNMBP às Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais portuguesas. Resultados. Das Unidades integradas no Registo Nacional de RNMBP, 38% referem possuir um programa de intervenção específico para este grupo durante o internamento. Em 25% dos casos, este programa integra apenas neonatologistas e enfermeiras. Após a alta, a totalidade dos RNMBP tem programado acompanhamento em consulta de desenvolvimento. Esta é realizada, na maioria dos casos, por neonatologistas e em 25% dos hospitais por equipas multidisciplinares que incluem, por ordem de frequência, Medicina Física e Reabilitação, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Fisiotera pia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Psi co logia e Psico motricidade. A maioria das crianças é acompanhada até à idade escolar escolar (6-10 anos), mas algumas são-no apenas nos dois primeiros anos de vida, o que é nitidamente insuficiente. Em Portugal, apesar de não existirem publicados estudos de seguimento do RNMBP na idade escolar, os resultados apontam para a prematuridade como sendo causa de sequelas major como paralisia cerebral, mas também défice cognitivo, alterações neurossensoriais graves ou disfunções cerebrais minor como atraso da linguagem, défice de atenção e hiperactividade, alterações do comportamento e labilidade emocional. Estes problemas aumentam o risco de insucesso escolar e as necessidades de apoio de educação especial, persistindo até à idade adulta. Conclusões. É necessário estudar este grupo da população portuguesa de modo a organizar as estruturas da saúde, educação e sociais para poder dar resposta às necessidades especiais deste grupo de crianças.Sociedade Portuguesa de PediatriaRepositório do Hospital Prof. Doutor Fernando FonsecaCunha, MCadete, AVirella, DGrupo do Registo Nacional de Muito Baixo Peso2011-08-24T13:59:52Z2010-01-01T00:00:00Z2010-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.10/386porActa Pediatr Port 2010:41(4):155-610301-147Xinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-20T15:51:19Zoai:repositorio.hff.min-saude.pt:10400.10/386Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:51:39.196414Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
title |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
spellingShingle |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal Cunha, M Recém-nascido Baixo peso ao nascer Desenvolvimento infantil |
title_short |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
title_full |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
title_fullStr |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
title_full_unstemmed |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
title_sort |
Acompanhamento dos recém-nascidos de muito baixo peso em Portugal |
author |
Cunha, M |
author_facet |
Cunha, M Cadete, A Virella, D Grupo do Registo Nacional de Muito Baixo Peso |
author_role |
author |
author2 |
Cadete, A Virella, D Grupo do Registo Nacional de Muito Baixo Peso |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cunha, M Cadete, A Virella, D Grupo do Registo Nacional de Muito Baixo Peso |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Recém-nascido Baixo peso ao nascer Desenvolvimento infantil |
topic |
Recém-nascido Baixo peso ao nascer Desenvolvimento infantil |
description |
Contexto. O Registo Nacional do Recém-Nascido de Muito Baixo Peso (RNMBP) funciona em Portugal desde 1994; faz parte dos seus objectivos principais o registo da população sobrevivente dos RNMBP para avaliação prospectiva do neuro desenvolvimento e das sequelas. Objetivo. Determinar as características do acompanhamento do neurodesenvolvimento dos RNMBP em Portugal, em internamento e em ambulatório. Metodologia. Revisão sistemática dos artigos publicados em revistas médicas portuguesas sobre a evolução após alta de RNMBP e aplicação de um inquérito sobre o acompanha - mento do neurodesenvolvimento dos RNMBP às Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais portuguesas. Resultados. Das Unidades integradas no Registo Nacional de RNMBP, 38% referem possuir um programa de intervenção específico para este grupo durante o internamento. Em 25% dos casos, este programa integra apenas neonatologistas e enfermeiras. Após a alta, a totalidade dos RNMBP tem programado acompanhamento em consulta de desenvolvimento. Esta é realizada, na maioria dos casos, por neonatologistas e em 25% dos hospitais por equipas multidisciplinares que incluem, por ordem de frequência, Medicina Física e Reabilitação, Oftalmologia, Otorrinolaringologia, Fisiotera pia, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Enfermagem, Psi co logia e Psico motricidade. A maioria das crianças é acompanhada até à idade escolar escolar (6-10 anos), mas algumas são-no apenas nos dois primeiros anos de vida, o que é nitidamente insuficiente. Em Portugal, apesar de não existirem publicados estudos de seguimento do RNMBP na idade escolar, os resultados apontam para a prematuridade como sendo causa de sequelas major como paralisia cerebral, mas também défice cognitivo, alterações neurossensoriais graves ou disfunções cerebrais minor como atraso da linguagem, défice de atenção e hiperactividade, alterações do comportamento e labilidade emocional. Estes problemas aumentam o risco de insucesso escolar e as necessidades de apoio de educação especial, persistindo até à idade adulta. Conclusões. É necessário estudar este grupo da população portuguesa de modo a organizar as estruturas da saúde, educação e sociais para poder dar resposta às necessidades especiais deste grupo de crianças. |
publishDate |
2010 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2010-01-01T00:00:00Z 2010-01-01T00:00:00Z 2011-08-24T13:59:52Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.10/386 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.10/386 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Acta Pediatr Port 2010:41(4):155-61 0301-147X |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130380318539776 |