Estudo linguístico e sociocultural da emigração madeirense para a África do Sul a partir da década de 1960 (no âmbito do Projeto Nona Ilha)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Bruna Micaela Freitas
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.13/1653
Resumo: O Arquipélago da Madeira possui oito ilhas (Madeira, Porto Santo, Deserta Grande, Bugio, Ilhéu Chão, Selvagem Grande, Selvagem Pequena e Ilhéu de Fora) e a “Nona Ilha” é a construída pelos emigrantes madeirenses dispersos no mundo, dando o nome ao projeto desenvolvido pelo Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA), cujo objetivo é recolher e analisar as histórias de vida destes. Este estudo linguístico e sociocultural, neste caso sobre a emigração para a África do Sul, a partir da década de 1960, é um contributo para o conhecimento das suas vivências e realidades. Devido às reduzidas condições de vida, pobreza, precariedade e fome existentes na ilha da Madeira, em meados do século XX, muitos jovens viram a emigração para a África do Sul como uma forma de escapar à miséria, mesmo enfrentando constrangimentos legais, desconhecendo a língua e tendo consciência dos árduos e longos trabalhos existentes para as suas qualificações. Surgem, então, as seguintes questões: Como era a vida na África do Sul? Quais as áreas e tarefas predominantemente madeirenses? Qual a relação entre os madeirenses (e portugueses), como comunidade, e com os sul-africanos? Qual o impacto linguístico, cultural e social decorrente dessa situação? Através das entrevistas realizadas a diferentes gerações de emigrantes (primeira e segunda geração), é possível conhecer a realidade pela qual milhares de madeirenses passaram e é uma forma de recolher informações que, de outra forma, ficariam perdidas para sempre. A transcrição grafemática das entrevistas semiestruturadas realizadas assume um papel muito importante no registo efetivo destes dados, garantindo a sua comparabilidade, análise e discussão. A constituição do corpus empírico, enquanto amostra da realidade da emigração madeirense para a África do Sul, permite a realização de um estudo linguístico e sociocultural, a partir dos relatos de memória dos informantes de diferentes localidades, idades, géneros e escolaridades. Verifica-se que o impacto da cultura, da língua e da sociedade sul-africana foi muito importante nas suas vidas. No entanto, a presença da Língua Portuguesa, da música, da tradição religiosa e da alimentação madeirense é muito forte, pelo facto de a comunidade portuguesa ser muito unida e pela existência de Casas da Madeira e outras Associações, assim como escolas portuguesas.
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spelling Estudo linguístico e sociocultural da emigração madeirense para a África do Sul a partir da década de 1960 (no âmbito do Projeto Nona Ilha)Emigração madeirenseÁfrica do SulMétodo de entrevistaAnálise de CorpusEstudo linguístico e socioculturalIdentidadeMadeiran emigrationSouth AfricaInterview methodeCorpus analysisLinguistic and sociocultural studyIdentityEstudos Linguísticos e Culturais.Faculdade de Artes e HumanidadesDomínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasO Arquipélago da Madeira possui oito ilhas (Madeira, Porto Santo, Deserta Grande, Bugio, Ilhéu Chão, Selvagem Grande, Selvagem Pequena e Ilhéu de Fora) e a “Nona Ilha” é a construída pelos emigrantes madeirenses dispersos no mundo, dando o nome ao projeto desenvolvido pelo Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA), cujo objetivo é recolher e analisar as histórias de vida destes. Este estudo linguístico e sociocultural, neste caso sobre a emigração para a África do Sul, a partir da década de 1960, é um contributo para o conhecimento das suas vivências e realidades. Devido às reduzidas condições de vida, pobreza, precariedade e fome existentes na ilha da Madeira, em meados do século XX, muitos jovens viram a emigração para a África do Sul como uma forma de escapar à miséria, mesmo enfrentando constrangimentos legais, desconhecendo a língua e tendo consciência dos árduos e longos trabalhos existentes para as suas qualificações. Surgem, então, as seguintes questões: Como era a vida na África do Sul? Quais as áreas e tarefas predominantemente madeirenses? Qual a relação entre os madeirenses (e portugueses), como comunidade, e com os sul-africanos? Qual o impacto linguístico, cultural e social decorrente dessa situação? Através das entrevistas realizadas a diferentes gerações de emigrantes (primeira e segunda geração), é possível conhecer a realidade pela qual milhares de madeirenses passaram e é uma forma de recolher informações que, de outra forma, ficariam perdidas para sempre. A transcrição grafemática das entrevistas semiestruturadas realizadas assume um papel muito importante no registo efetivo destes dados, garantindo a sua comparabilidade, análise e discussão. A constituição do corpus empírico, enquanto amostra da realidade da emigração madeirense para a África do Sul, permite a realização de um estudo linguístico e sociocultural, a partir dos relatos de memória dos informantes de diferentes localidades, idades, géneros e escolaridades. Verifica-se que o impacto da cultura, da língua e da sociedade sul-africana foi muito importante nas suas vidas. No entanto, a presença da Língua Portuguesa, da música, da tradição religiosa e da alimentação madeirense é muito forte, pelo facto de a comunidade portuguesa ser muito unida e pela existência de Casas da Madeira e outras Associações, assim como escolas portuguesas.The Archipelago of Madeira consists of eight islands (Madeira, Porto Santo, Deserta Grande, Bugio, Ilhéu Chão, Selvagem Grande, Selvagem Pequena and Ilhéu de Fora). The ninth island, a term designated to all people native from Madeira and now dispersed across the world, takes into account the experiences, linguistic and sociocultural realities of these migrants. This Masters dissertation, which aims to contribute to the "Ninth Island" project developed by the Atlantic Study Center (CEHA), has as its main objective the collection and analysis of information and life stories of the South African Madeiran migrant community. Due to the poverty, hunger and precarious living conditions that existed on Madeira Island in the mid-twentieth century, many young people saw emigration to South Africa as a means of escape. Access to long and arduous jobs due to their limited qualifications, as well as legal constraints and an inability to understand the language, were just some of the barriers encountered by these emigrants. This led to the following questions being raised: How was life in South Africa? Which were the predominantly Madeiran areas and tasks? What was the relationship between the Madeirans and Portuguese as a community and the South Africans? What is the linguistic, cultural and social impact of this situation? Through the interviews to different generations of emigrants (first and second generation), it is possible to know the reality that thousands of Madeirans have faced. The graphematic transcription of the semi-structured interviews plays a very important role in the effective recording of these data, guaranteeing their comparability, analysis and discussion. The constitution of the empirical corpus, as a sample of the reality of Madeiran emigration to South Africa, allows the realization of a linguistic and sociocultural study, based on the reports of the informants of different localities, ages, genders and schooling. The impact of South African culture, language and society has been very important in their lives, however, the presence of the Portuguese language, music, religious tradition and Madeira's food is very strong, because the Portuguese community is very close and there are “Casas da Madeira” and other Associations, as well as Portuguese schools.Nunes, Naidea NunesDigitUMaPereira, Bruna Micaela Freitas2017-10-03T14:44:58Z2017-06-30T00:00:00Z2017-06-30T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.13/1653201721600porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-05T12:54:22Zoai:digituma.uma.pt:10400.13/1653Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:04:22.507700Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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