Representações sociais da velhice
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2015 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.12/9658 |
Resumo: | Resumo: O estudo analisa as representações da velhice a partir de uma amostra de pessoas idosas e de cuidadores/as formais. Os instrumentos utilizados na recolha dos dados foram o Inquérito por Questionário e o Teste de Associação Livre de Palavras. A hipótese de trabalho que formulámos é a de que a representação da velhice, sendo uma construção social, traduz uma conceptualização negativa induzida pela consciência coletiva da sociedade marcadamente caracterizada por uma ideia negativa da velhice enquanto figuração do fim da vida ativa. Em concordância com a nossa hipótese de trabalho, os resultados revelam a prevalência de estereotipia idadista associando-se a velhice, em ambos os grupos investigados, a atributos de cariz negativo nomeadamente solidão, doença e dependência. As representações aferidas não serão alheias ao modelo societário que é maléfico para a velhice, onde se rejeita o que é velho (Bosi, 1983). É, contudo, nossa convicção que as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da nova narrativa discursiva do envelhecimento (produtivo, saudável, bem-sucedido, positivo e ativo), poderão vir a metamorfosear o campo representacional da “velhice” aligeirando a sua carga negativa. |
id |
RCAP_dae6a1799a87551d57bb187733d2578f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/9658 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Representações sociais da velhiceSocializaçãoRepresentações sociaisVelhiceIdadismoSocializationSocial representationsElderlyAgeismResumo: O estudo analisa as representações da velhice a partir de uma amostra de pessoas idosas e de cuidadores/as formais. Os instrumentos utilizados na recolha dos dados foram o Inquérito por Questionário e o Teste de Associação Livre de Palavras. A hipótese de trabalho que formulámos é a de que a representação da velhice, sendo uma construção social, traduz uma conceptualização negativa induzida pela consciência coletiva da sociedade marcadamente caracterizada por uma ideia negativa da velhice enquanto figuração do fim da vida ativa. Em concordância com a nossa hipótese de trabalho, os resultados revelam a prevalência de estereotipia idadista associando-se a velhice, em ambos os grupos investigados, a atributos de cariz negativo nomeadamente solidão, doença e dependência. As representações aferidas não serão alheias ao modelo societário que é maléfico para a velhice, onde se rejeita o que é velho (Bosi, 1983). É, contudo, nossa convicção que as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da nova narrativa discursiva do envelhecimento (produtivo, saudável, bem-sucedido, positivo e ativo), poderão vir a metamorfosear o campo representacional da “velhice” aligeirando a sua carga negativa.Abstract: This study analyses the representations of old age from a sample of elderly and formal caregivers. The instruments used in the collection of data were the Survey Questionnaire and the Free Association Test words. The working hypothesis formulated is that the representation of elderly, being a social construction, reflects a negative conceptualization induced by the collective consciousness of society significantly characterized by a negative perception of old age while figuring the end of active life. Consistent with our hypothesis, the results reveal the prevalence of negative stereotyping of ageism associating old age, in both groups investigated, to the attributes of negative evaluative nature including loneliness, illness and dependence. The verified social representations will not be foreign to the corporate model that is harmful to old age, which rejects what is old (Bosi, 1983). However, it is our belief that the improvements in quality of life, along with the new ageing discursive narrative (productive, healthy, successful, positive, active), are likely to metamorphose the representational field of “old age” easing the its negative charge.Edições ISPARepositório do ISPADaniel, FernandaAntunes, AnnaAmaral, Inês2024-03-07T12:49:14Z2015-092015-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.12/9658porDaniel, F., Antunes, A., & Amaral, I. (2015). Representações sociais da velhice. Análise Psicológica, 33(3), 291-301. https://doi.org/10.14417/ap.9720870-823110.14417/ap.972info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-10T02:16:37Zoai:repositorio.ispa.pt:10400.12/9658Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:14:20.068834Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Representações sociais da velhice |
title |
Representações sociais da velhice |
spellingShingle |
Representações sociais da velhice Daniel, Fernanda Socialização Representações sociais Velhice Idadismo Socialization Social representations Elderly Ageism |
title_short |
Representações sociais da velhice |
title_full |
Representações sociais da velhice |
title_fullStr |
Representações sociais da velhice |
title_full_unstemmed |
Representações sociais da velhice |
title_sort |
Representações sociais da velhice |
author |
Daniel, Fernanda |
author_facet |
Daniel, Fernanda Antunes, Anna Amaral, Inês |
author_role |
author |
author2 |
Antunes, Anna Amaral, Inês |
author2_role |
author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório do ISPA |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Daniel, Fernanda Antunes, Anna Amaral, Inês |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Socialização Representações sociais Velhice Idadismo Socialization Social representations Elderly Ageism |
topic |
Socialização Representações sociais Velhice Idadismo Socialization Social representations Elderly Ageism |
description |
Resumo: O estudo analisa as representações da velhice a partir de uma amostra de pessoas idosas e de cuidadores/as formais. Os instrumentos utilizados na recolha dos dados foram o Inquérito por Questionário e o Teste de Associação Livre de Palavras. A hipótese de trabalho que formulámos é a de que a representação da velhice, sendo uma construção social, traduz uma conceptualização negativa induzida pela consciência coletiva da sociedade marcadamente caracterizada por uma ideia negativa da velhice enquanto figuração do fim da vida ativa. Em concordância com a nossa hipótese de trabalho, os resultados revelam a prevalência de estereotipia idadista associando-se a velhice, em ambos os grupos investigados, a atributos de cariz negativo nomeadamente solidão, doença e dependência. As representações aferidas não serão alheias ao modelo societário que é maléfico para a velhice, onde se rejeita o que é velho (Bosi, 1983). É, contudo, nossa convicção que as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da nova narrativa discursiva do envelhecimento (produtivo, saudável, bem-sucedido, positivo e ativo), poderão vir a metamorfosear o campo representacional da “velhice” aligeirando a sua carga negativa. |
publishDate |
2015 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2015-09 2015-09-01T00:00:00Z 2024-03-07T12:49:14Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.12/9658 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.12/9658 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Daniel, F., Antunes, A., & Amaral, I. (2015). Representações sociais da velhice. Análise Psicológica, 33(3), 291-301. https://doi.org/10.14417/ap.972 0870-8231 10.14417/ap.972 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Edições ISPA |
publisher.none.fl_str_mv |
Edições ISPA |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137796282122240 |