Representações sociais da velhice

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Daniel, Fernanda
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Antunes, Anna, Amaral, Inês
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1822/37996
Resumo: O estudo analisa as representações da velhice a partir de uma amostra de pessoas idosas e de cuidadores/as formais. Os instrumentos utilizados na recolha dos dados foram o Inquérito por Questionário e o Teste de Associação Livre de Palavras. A hipótese de trabalho que formulámos é a de que a representação da velhice, sendo uma construção social, traduz uma conceptualização negativa induzida pela consciência coletiva da sociedade marcadamente caracterizada por uma ideia negativa da velhice enquanto figuração do fim da vida ativa. Em concordância com a nossa hipótese de trabalho, os resultados revelam a prevalência de estereotipia idadista associando-se a velhice, em ambos os grupos investigados, a atributos de cariz negativo nomeadamente solidão, doença e dependência. As representações aferidas não serão alheias ao modelo societário que é maléfico para a velhice, onde se rejeita o que é velho (Bosi, 1983). É, contudo, nossa convicção que as melhorias verificadas na qualidade de vida, a par da nova narrativa discursiva do envelhecimento (produtivo, saudável, bem-sucedido, positivo e ativo), poderão vir a metamorfosear o campo representacional da “velhice” aligeirando a sua carga negativa.
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