A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/10812 https://doi.org/10.4000/rccs.979 |
Resumo: | A governação é hoje apresentada como um novo paradigma de regulação social que veio suplantar o paradigma anteriormente em vigor assente no conflito social e no papel privilegiado do Estado, enquanto ente soberano, para regular esse conflito por via do poder de comando e de coerção ao seu dispor. Neste artigo faço uma crítica radical do novo paradigma, concebendo-o como a matriz regulatória do neoliberalismo, entendido como a nova versão do capitalismo de laissez faire. Centrada na questão da governabilidade, esta matriz regulatória pressupõe uma política de direito e de direitos que tende a agravar a crise da legitimidade do Estado. Algumas das facetas da governação podem ser encontradas no movimento global de resistência contra a globalização neoliberal que tem hoje a sua melhor expressão no Fórum Social Mundial. Ao contrário da governação hegemónica, este movimento assenta na ideia de conflito e da luta contra a exclusão social, o que se torna manifesto nas concepções e políticas de direito que adopta. |
id |
RCAP_dafa2cff38a54c4a932d67cdd381132f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:estudogeral.uc.pt:10316/10812 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalternaA governação é hoje apresentada como um novo paradigma de regulação social que veio suplantar o paradigma anteriormente em vigor assente no conflito social e no papel privilegiado do Estado, enquanto ente soberano, para regular esse conflito por via do poder de comando e de coerção ao seu dispor. Neste artigo faço uma crítica radical do novo paradigma, concebendo-o como a matriz regulatória do neoliberalismo, entendido como a nova versão do capitalismo de laissez faire. Centrada na questão da governabilidade, esta matriz regulatória pressupõe uma política de direito e de direitos que tende a agravar a crise da legitimidade do Estado. Algumas das facetas da governação podem ser encontradas no movimento global de resistência contra a globalização neoliberal que tem hoje a sua melhor expressão no Fórum Social Mundial. Ao contrário da governação hegemónica, este movimento assenta na ideia de conflito e da luta contra a exclusão social, o que se torna manifesto nas concepções e políticas de direito que adopta.Centro de Estudos Sociais2005-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/10812http://hdl.handle.net/10316/10812https://doi.org/10.4000/rccs.979porRevista Crítica de Ciências Sociais. 72 (2005) 7-44.0254-1106Santos, Boaventura de Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2021-07-14T09:51:43Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/10812Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:45:55.505253Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
title |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
spellingShingle |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna Santos, Boaventura de Sousa |
title_short |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
title_full |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
title_fullStr |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
title_full_unstemmed |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
title_sort |
A crítica da governação neoliberal: O Fórum Social Mundial como política e legalidade cosmopolita subalterna |
author |
Santos, Boaventura de Sousa |
author_facet |
Santos, Boaventura de Sousa |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Boaventura de Sousa |
description |
A governação é hoje apresentada como um novo paradigma de regulação social que veio suplantar o paradigma anteriormente em vigor assente no conflito social e no papel privilegiado do Estado, enquanto ente soberano, para regular esse conflito por via do poder de comando e de coerção ao seu dispor. Neste artigo faço uma crítica radical do novo paradigma, concebendo-o como a matriz regulatória do neoliberalismo, entendido como a nova versão do capitalismo de laissez faire. Centrada na questão da governabilidade, esta matriz regulatória pressupõe uma política de direito e de direitos que tende a agravar a crise da legitimidade do Estado. Algumas das facetas da governação podem ser encontradas no movimento global de resistência contra a globalização neoliberal que tem hoje a sua melhor expressão no Fórum Social Mundial. Ao contrário da governação hegemónica, este movimento assenta na ideia de conflito e da luta contra a exclusão social, o que se torna manifesto nas concepções e políticas de direito que adopta. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-10 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10316/10812 http://hdl.handle.net/10316/10812 https://doi.org/10.4000/rccs.979 |
url |
http://hdl.handle.net/10316/10812 https://doi.org/10.4000/rccs.979 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Revista Crítica de Ciências Sociais. 72 (2005) 7-44. 0254-1106 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Sociais |
publisher.none.fl_str_mv |
Centro de Estudos Sociais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133733309120512 |