Epidemiologia da retinopatia diabética na diabetes mellitus tipo 1
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/18538 |
Resumo: | O termo “Diabetes Mellitus” (DM) designa um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por cursar com hiperglicémia, como consequência de anomalias da secreção de insulina, da sua acção, ou de ambas. A longo prazo, a hiperglicémia crónica da diabetes causa lesões, disfunções e insuficiência de diversos órgãos, em particular nos olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. A DM resulta numa morbilidade e mortalidade considerável, afectando cerca de 180 milhões de pessoas em todo o mundo. O número total de diabéticos espera-se que aumente para aproximadamente 300 milhões de casos até ao ano de 2025, com especial aumento nos países em desenvolvimento, nos idosos, obesos e nas pessoas com estilos de vida sedentários. A Europa é o continente que apresenta os dados mais completos e confiáveis, bem como o que apresenta a maior variação nas taxas de incidência. Neste continente, tem sido descrito um gradiente norte-sul, com a Sardenha a fugir à regra, por estar a cerca de 3000 km da Finlândia e ter uma taxa de incidência semelhante (cerca de 40/100 000/ano). A retinopatia diabética (RD) constitui uma complicação muito frequente da diabetes e a principal causa de cegueira na população activa do mundo ocidental. Resulta essencialmente de uma manifestação retiniana de uma microangiopatia sistémica generalizada, que pode ser observada na forma de edema da retina, exsudatos e hemorragias. Actualmente, diversos factores de risco têm sido implicados no aparecimento e progressão da RD em diabéticos tipo 1. A prevenção primária, desempenha assim um papel fundamental nos factores de risco modificáveis da RD - controlo metabólico, HTA, obesidade, tabaco, gravidez e nefropatia - uma vez que alguns destes se mostram intimamente relacionados com a adopção de novos estilos de vida pelos indivíduos diabéticos. Factores de risco como o sexo, raça, genética, idade de diagnóstico e duração da diabetes, não são passíveis de controlo. A RD afecta muitos indivíduos, pressupondo uma grande carga para estes e para a sociedade no que respeita a morbilidade, qualidade de vida e custos, e é um problema que previsivelmente aumentará no futuro pelo aumento de incidência desta patologia. A detecção precoce da retinopatia em indivíduos diabéticos torna-se fundamental, para um tratamento adequado de forma a atrasar a diminuição da acuidade visual e a sua evolução para a cegueira. |
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