Idiossincracias sectoriais no risco de crédito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marques, Marina Isabel Vicente
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/5957
Resumo: O risco de crédito é um conceito que tem vindo a ganhar popularidade ao longo das últimas décadas e, muito especialmente, nos últimos anos, em consequência da crise do crédito hipotecário nos EUA em 2007 e que se propagou a nível mundial. Uma vez que se torna cada vez mais imperativo a gestão eficaz deste tipo de risco, sobretudo para as instituições financeiras, este estudo surge com o objectivo de compreender em que medida a informação qualitativa, especialmente o sector de actividade em que se insere uma média empresa portuguesa, pode contribuir para melhorar a capacidade preditiva dos actuais modelos de avaliação de risco de crédito. Procurou-se primeiramente efectuar um enquadramento da evolução histórica dos modelos de previsão de incumprimento, tendo-se verificado que, enquanto no desenvolvimento dos primeiros modelos eram apenas considerados rácios financeiros, mais recentemente alguns autores têm sugerido que a inclusão de informação qualitativa nestes modelos aumenta a sua capacidade preditiva. Neste sentido, ao utilizar uma base de dados de mais de 10.000 médias empresas clientes de uma Instituição Financeira portuguesa durante o período 2005-2011, obteve-se confirmação, através do cálculo do Information Value e do Coeficiente de Gini, que a variável sectorial possui um poder preditivo médio e, não obstante este não ser tão forte comparativamente ao poder preditivo de determinados rácios financeiros, é de todo benéfico incluir esta variável num modelo de avaliação de risco. Paralelamente, observou-se que a crise tem impacto sobre a capacidade de previsão das variáveis qualitativas, ainda que não seja tão evidente como nas variáveis financeiras.
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