Caracterização físico-química de diferentes variedades de amêndoa (Prunus dulcis) e efeito das condições de armazenamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Graeff, Francieli
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/24384
Resumo: A amendoeira (Prunus dulcis) é uma cultura tradicional em Portugal, estando bem representada na região de Trás-os-Montes. Com o presente trabalho pretendeu-se caracterizar alguns produtores de amêndoa em relação às variedades cultivadas, tipo de colheita e transporte aplicados e condições de armazenamento, bem como determinar os principais problemas observados durante o armazenamento do fruto. Para além disso, caracterizou-se físico-químicamente e microbiológicamente algumas dessas variedades, nomeadamente Francesas, Espanholas e Portuguesas. Adicionalmente também se realizou um ensaio de conservação de amêndoas despeladas (mistura de variedades de casca mole) com o intuito de estudar o efeito da humidade relativa (HR) (60, 70 e 80%) e temperatura constante (25°C) durante o armazenamento. Após aplicação dos inquéritos, verificou-se que grande parte dos produtores inquiridos (42%) tem idades entre os 60 e 69 anos. Mais de metade dos produtores (63%) possui amendoais com uma área até 10 ha, sendo que 53% dos pomares tem mais de onze anos. As variedades cultivadas são de origem Espanhola, Francesa e Portuguesa, destacando-se a Ferraduel e a Ferragnès (ambas Francesas). Mais de metade dos produtores (63%) realiza colheita manual, sendo o fruto armazenado à temperatura ambiente, sem controlo de HR. Aproximadamente 53% dos produtores mencionaram não ter problemas durante o armazenamento ou não responderam à questão. Contudo, os produtores que indicaram problemas, o mais referido foi o aparecimento de pragas (26%). Algumas diferenças significativas foram observadas nas 19 amostras analisadas, em termos fisicos (massa, dimensões, número de frutos por kg, número de miolos duplos em 25 frutos), químicos (teores de humidade, gordura, proteína, fibra bruta, cinzas e estabilidade oxidativa) e microbiológicos (microrganismos a 30 °C, bolores e leveduras, coliformes totais e Escherichia coli). As amostras Portuguesas quando comparadas com as estrangeiras não se destacaram. Em relação à qualidade microbiológica, a maioria das amostras apresentaram-se aceitáveis ou satisfatórias, não existindo nenhuma com um número não admissível de E. coli. Relativamente, aos ensaios de conservação verificou-se que as amêndoas ao longo do armazenamento mantiveram uma aparência visual e fisica semelhante à observada no início (dia 0), independentemente da HR aplicada. Quanto à composição nutricional não se detetaram diferenças significativas, nem para o período de armazenamento, nem para as HRs aplicadas. Os resultados indicaram que é necessário continuar o ensaio de conservação por mais tempo, com intuito de poder verificar possíveis diferenças entre as HRs e definir qual a melhor para o transporte de amêndoas despeladas.
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