Influência das chuteiras no risco de entorse do tornozelo de futebolistas saudáveis em relvado sintético
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/125715 |
Resumo: | A entorse lateral do tornozelo é uma das lesões mais comuns na prática desportiva, em particular no futebol, podendo estar associada a vários fatores como o tipo de chuteira utilizada e a fadiga sentida pelos atletas. Deste modo, o objetivo deste estudo é avaliar a influência que diferentes modelos de chuteiras têm no deslocamento e na estabilização na receção ao solo, na sequência de um salto lateral em apoio unipodal, antes e após a aplicação de um protocolo de fadiga dos músculos peroniais com recurso a um dinamómetro isocinético. Foram avaliados 25 atletas do sexo masculino que realizaram um protocolo de saltos laterais com três modelos de chuteiras. A receção ao solo foi registada com uma plataforma de forças para adquirir dados relativos às forças de reação do solo (FRS) sendo que em relação ao deslocamento foram adquiridos dados através da utilização de um sistema optoelectrónico. Para o cálculo deste e das variáveis de estabilização, Tempo de Estabilização e Índice de Estabilidade Postural Dinâmica, foi utilizado o software Spyder, plataforma disponibilizada pelo Python. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa IBM SPSS Statistics® versão 24.0, testando a normalidade os dados utilizando o teste de Shapiro-Wilk e, de acordo com o comportamento paramétrico dos dados, a análise foi realizada através do teste ANOVA de medidas repetidas. Relativamente ao tipo de chuteira utilizada não foram observadas diferenças estatisticamente significativas. No entanto, o efeito da fadiga mostrou-se significativo aumentando o deslocamento antero-posterior (AP) (p = 0.041) e o Índice de Estabilidade Postural Dinâmica (IEPDV) (p = 0.002) após o protocolo de fadiga. Concluiu-se com o presente estudo que diferentes modelos de chuteiras podem não ter influência na estabilização aquando receção ao solo. No entanto, a fadiga da musculatura eversora parece influenciar o controlo postural. Sugere-se a realização de estudos adicionais com terrenos em diferentes condições e a aplicação de protocolos de fadiga de musculatura proximal. |
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Influência das chuteiras no risco de entorse do tornozelo de futebolistas saudáveis em relvado sintéticoEstabilidade DinâmicaEntorse TornozeloFutebolFadigaChuteirasSuperfície ArtificialDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia MédicaA entorse lateral do tornozelo é uma das lesões mais comuns na prática desportiva, em particular no futebol, podendo estar associada a vários fatores como o tipo de chuteira utilizada e a fadiga sentida pelos atletas. Deste modo, o objetivo deste estudo é avaliar a influência que diferentes modelos de chuteiras têm no deslocamento e na estabilização na receção ao solo, na sequência de um salto lateral em apoio unipodal, antes e após a aplicação de um protocolo de fadiga dos músculos peroniais com recurso a um dinamómetro isocinético. Foram avaliados 25 atletas do sexo masculino que realizaram um protocolo de saltos laterais com três modelos de chuteiras. A receção ao solo foi registada com uma plataforma de forças para adquirir dados relativos às forças de reação do solo (FRS) sendo que em relação ao deslocamento foram adquiridos dados através da utilização de um sistema optoelectrónico. Para o cálculo deste e das variáveis de estabilização, Tempo de Estabilização e Índice de Estabilidade Postural Dinâmica, foi utilizado o software Spyder, plataforma disponibilizada pelo Python. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa IBM SPSS Statistics® versão 24.0, testando a normalidade os dados utilizando o teste de Shapiro-Wilk e, de acordo com o comportamento paramétrico dos dados, a análise foi realizada através do teste ANOVA de medidas repetidas. Relativamente ao tipo de chuteira utilizada não foram observadas diferenças estatisticamente significativas. No entanto, o efeito da fadiga mostrou-se significativo aumentando o deslocamento antero-posterior (AP) (p = 0.041) e o Índice de Estabilidade Postural Dinâmica (IEPDV) (p = 0.002) após o protocolo de fadiga. Concluiu-se com o presente estudo que diferentes modelos de chuteiras podem não ter influência na estabilização aquando receção ao solo. No entanto, a fadiga da musculatura eversora parece influenciar o controlo postural. Sugere-se a realização de estudos adicionais com terrenos em diferentes condições e a aplicação de protocolos de fadiga de musculatura proximal.The lateral ankle sprain is one of the most common injury mechanisms related with sports activity, more precisely with soccer, which could be associated with various factors such as the footwear used and the fatigue experienced by athletes. Therefore, the objective of this study is to evaluate the effects that different cleat models have in distance traveled and jump landing stabilization of a lateral side hop in unilateral stance, before and after an application of a fatigue protocol of the peroneal muscles, by the means of a isokinetic dynamometer. 25 athletes were evaluated by executing a side hops protocol with three types of cleats. The jump landing was registered with a force platform to acquire ground reaction force signals and the data relative to the distance travelled was obtained by an optoelectronic system. To calculate the stability variables, Time To Stabilization and Dynamic Postural Stability Index, and the distance travelled, the software Spyder, platform available by Python, was used. The statistical analysis was completed with IBM SPSS Statistics® version 24.0, where to test the data for the normality, the Shapiro-Wilk’s test was used, followed by ANOVA repeated measurements test for parametric data. Relatively to the different types of cleats used, no significant statistical differences were found. However, the effect of fatigue was statistically significant, leading to higher values of distance travelled in the antero-posterior plane (p = 0.041) and on the vertical component of the Dynamic Postural Stability Index (p = 0.002) after the application of the fatigue protocol. With the present study, it is possible to conclude that, although different types of cleats don´t have influence in landing stabilization after a side hop test, it is possible that fatigue as an influence on postural control. It is suggested further studies with terrain in different conditions and the application of fatigue protocols of more proximal musculature.Silva, DiogoQuintão, CarlaRUNAlmeida, Henrique Plácido Paixão Cardeira de2021-10-07T13:35:51Z2019-102019-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/125715porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:06:33Zoai:run.unl.pt:10362/125715Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:45:45.733006Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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