Inclusão e inovação : as atitudes dos professores do Ensino Regular no Quadro da Educação Inclusiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto, Alfredo José Ferreira de Almeida
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.14/10252
Resumo: A relação da sociedade com a deficiência, ao longo da história da Humanidade, tem-se revelado quase sempre difícil. No entanto, com avanços e recuos foi-se alterando, sofrendo desenvolvimentos relevantes, particularmente a partir da segunda metade do século XX. Na aceitação da diferença, surgem novas conceções e valores que enfatizam distintos entendimentos, com reflexos em todos os domínios da vida social e de modo particular na organização de respostas educativas a todos as crianças e jovens, independentemente das suas limitações. A frequência das escolas do ensino regular por parte de alunos com necessidades educativas especiais (NEE), junto da sua comunidade, passa a ser uma exigência. Se num primeiro momento se abriram as portas da escola à diversidade, mais recentemente a tónica coloca-se na forma como a escola se deve organizar para a conhecer e responder de forma adequada às necessidades daqueles alunos, num processo inovador e ainda em construção: a Educação Inclusiva. Novos desafios são colocados às escolas e as atitudes dos professores são reconhecidas como fulcrais para a construção e desenvolvimento de contextos educativos mais inclusivos. Com este enquadramento, o presente trabalho pretende conhecer e identificar as atitudes dos professores do ensino regular face à inclusão de alunos com NEE e as variáveis que as influenciam e que com elas se relacionam, assim como conhecer necessidades assinaladas pelos docentes para o trabalho com estes alunos em ambientes inclusivos. O estudo foi realizado com uma amostra de 323 professores dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário de zonas urbanas e do interior de Portugal. Os resultados mostram que, globalmente, os professores apresentam atitudes positivas mas evidenciando contradições. Aquelas são muito influenciadas pela natureza da problemática e deficiência apresentada pelo aluno e 87,4 % dos inquiridos discorda da inclusão da totalidade dos alunos com NEE. As variáveis demográficas, níveis de ensino, género e habilitações académicas, bem como a experiência de ensino a alunos com NEE mostram-se inconsistentes, não indiciando o sentido das atitudes dos professores. Ao contrário, as evidências sugerem alguma influência do tempo de serviço e a formação específica apresenta-se como um forte preditor de melhores atitudes dos professores face à inclusão de alunos com NEE. Estas também surgem positivamente associadas aos fatores sentimento de autoeficácia, perceção de conhecimentos e apoios/recursos, bem como à colaboração com o professor de educação especial. Consistentemente com os resultados obtidos nos fatores em estudo, os professores identificam como primeira necessidade, turmas mais pequenas, seguida de mais tempo, recursos humanos, materiais e formação na área das NEE/educação especial.
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Se num primeiro momento se abriram as portas da escola à diversidade, mais recentemente a tónica coloca-se na forma como a escola se deve organizar para a conhecer e responder de forma adequada às necessidades daqueles alunos, num processo inovador e ainda em construção: a Educação Inclusiva. Novos desafios são colocados às escolas e as atitudes dos professores são reconhecidas como fulcrais para a construção e desenvolvimento de contextos educativos mais inclusivos. Com este enquadramento, o presente trabalho pretende conhecer e identificar as atitudes dos professores do ensino regular face à inclusão de alunos com NEE e as variáveis que as influenciam e que com elas se relacionam, assim como conhecer necessidades assinaladas pelos docentes para o trabalho com estes alunos em ambientes inclusivos. O estudo foi realizado com uma amostra de 323 professores dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário de zonas urbanas e do interior de Portugal. Os resultados mostram que, globalmente, os professores apresentam atitudes positivas mas evidenciando contradições. Aquelas são muito influenciadas pela natureza da problemática e deficiência apresentada pelo aluno e 87,4 % dos inquiridos discorda da inclusão da totalidade dos alunos com NEE. As variáveis demográficas, níveis de ensino, género e habilitações académicas, bem como a experiência de ensino a alunos com NEE mostram-se inconsistentes, não indiciando o sentido das atitudes dos professores. Ao contrário, as evidências sugerem alguma influência do tempo de serviço e a formação específica apresenta-se como um forte preditor de melhores atitudes dos professores face à inclusão de alunos com NEE. Estas também surgem positivamente associadas aos fatores sentimento de autoeficácia, perceção de conhecimentos e apoios/recursos, bem como à colaboração com o professor de educação especial. Consistentemente com os resultados obtidos nos fatores em estudo, os professores identificam como primeira necessidade, turmas mais pequenas, seguida de mais tempo, recursos humanos, materiais e formação na área das NEE/educação especial.Society’s way of dealing with disabilities hasn’t been an easy one all along mankind’s history. With several advances and retreats this relation has been changing in the second half of the twentieth century regarding the acceptance of the differences it entails. New conceptions and values have been coming up with consequences over all the domains of social life mostly in the educational responses to apply to all students no matter their difficulties. Mainstream school attendance by students with special educational needs within their own communities, has become a pressing demand. If at first glance school doors were open to diversity, nowadays the focus is place on the way how school should organize itself to know and meet the needs of those students in an innovative and gradual process: Inclusive Education. New challenges are made to schools and teacher’s attitudes are essential in the creation and development of more inclusive educational contexts. Within the present frame this work aims to know and identify mainstream school teachers’ attitudes in what regards the inclusion of students with special educational needs, variables related and indispensable requirements to work in inclusive environments. This study was done with a sample of 323 teachers from urban areas and the inland of Portugal who taught both primary and secondary education. The results displayed indicate that overall teachers present positive attitudes, in spite of being in contradiction. Their attitudes are pretty much influenced by the pupil’s disabilities and 87,4 % of all the teachers inquired disagree of total inclusion of students with special educational needs. At stake there are demographic variables, teaching levels, gender and qualifications as well as teaching experience with disabled students. However all of these are inconsistent and can not predict teachers’ attitudes. On the other hand evidence suggests there’s some influence due to teaching experience. Specific teaching training is highlighted as a strong predictor of teacher’s attitudes in what regards students with special educational needs. Teachers’ attitudes are also tightly connected to such factors as self-efficacy, knowledge perception, support, as well as resources and cooperation with the special education teacher. In accordance with the obtained data from the factors subject to study, teachers are able to identify smaller classes as a fundamental need next to more time, human resources, better materials and teacher training in the special education area.Pereira, PauloMarques, CarolinaVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaPinto, Alfredo José Ferreira de Almeida2013-03-22T13:47:25Z2012-04-0220122012-04-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/10252porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:15:06Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/10252Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:08:52.075066Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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