Violência nas relações de intimidade: o impacto na saúde mental da vítima

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Simas, Tânia Patrícia Pimentel
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1822/18628
Resumo: Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especializacao em Psicologia da Justiça)
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spelling Violência nas relações de intimidade: o impacto na saúde mental da vítimaPrevalênciaRelações de intimidade juvenisSaúde mentalViolênciaPrevalenceIntimate relationshipsMental healthViolence343.95316.647.3392.4Dissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especializacao em Psicologia da Justiça)A presente investigação reflete o primeiro estudo realizado em Portugal sobre o impacto da violência nas relações íntimas juvenis na saúde mental da vítima. O objetivo primordial deste estudo consistiu na análise dos efeitos da vitimação em relações abusivas na saúde mental. Para tal, atenderam-se a variáveis específicas das interações abusivas – tipo de violência exercida, frequência, histórias prévias de vitimação e violência mútua – e variáveis sociodemográficas (sexo, idade, curso e ano de frequência) no sentido de avaliar o impacto de cada uma na saúde mental. Para além disso, apurou-se a prevalência dos comportamentos abusivos perpetrados e recebidos no seio dos relacionamentos íntimos. A amostra, constituída por 187 estudantes (54% do sexo masculino; 46% do sexo feminino) da Universidade do Minho, dos cursos de Sociologia e Engenharia Informática, englobou os 3 anos do 1º ciclo de estudos. Foram administrados dois questionários de autorrelato que mediam dimensões da violência sofrida (IVC – 2) e a sintomatologia psicopatológica (BSI). O tratamento de dados foi efetuado com recurso ao programa estatístico SPSS. Os resultados revelaram que 35.3% da amostra eram vítimas e 31.6% eram perpetradores. Em relação à prevalência dos tipos de abuso, concluiu-se que o mais frequente foi o abuso emocional, seguido do físico e físico severo, tanto na vitimação como na perpetração, assumindo valores similares. Paralelamente, constatou-se que o género, idade, curso e ano de frequência não possuíam qualquer associação com a experiência de vitimação. Quanto aos efeitos na saúde mental, as vítimas pontuaram níveis significativamente mais elevados de sintomatologia psicopatológica do que as não vítimas. A respeito das variáveis específicas das interações abusivas, constatou-se que o abuso emocional, a existência de um padrão reiterado de violência e a presença de violência mútua foram as que originaram mais consequências negativas na saúde mental. A existência de histórias prévias de vitimação não se constituiu uma variável diferenciadora no que toca ao impacto na saúde mental. Por fim, aludindo às variáveis sociodemográficas, as mulheres, os participantes mais velhos, os estudantes do curso de Sociologia e os alunos do 1º ano revelaram maior propensão para manifestar sintomatologia psicológica. Os resultados do estudo vêm alertar para a necessidade de investimento científico nesta problemática, de forma a alcançar um maior conhecimento sobre as consequências deste fenómeno na saúde mental.The present study is the first one conducted in Portugal concerning the impact of dating violence on the victim‟s mental health. The primary goal of this study was to analyse the effects of abusive relationships victimization on mental health. For this purpose, specific variables of abusive interactions were taken in account – type of violence, frequency, history of victimization and mutual violence – and sociodemographic variables (gender, age, course and year of attendance) in order to evaluate each one‟s impact on mental health. In addition the prevalence of perpetrated and victimized abusive behaviours were assessed. The sample was composed of 187 students (54% male, 46% female) from the University of Minho‟s courses of Sociology and Computer Engineering, covering the three years of the 1st cycle of studies. Two self-report questionnaires that measure dimensions of suffered violence (IVC – 2) and psychopathological symptomatology (BSI) were administrated. The data treatment was processed with the statistics software SPSS. Results reveal that 35.3% of the sample was victims and 31.6% were perpetrators. It was concluded that, regarding the prevalence of types of abuse, the most frequent was the emotional, followed by the physical and severe physical both in victimization and perpetration, with similar values. It was also found that gender, age, course and year of attendance had no association with victimization experience. Regarding the mental health, victims scored significantly higher levels of psychopathological symptomatology than non-victims. Concerning the specific variables of abuse interactions, it was found that the emotional abuse, higher frequency of abuse and the presence of mutual violence were responsible for more negative mental health outcomes. The existence of previous histories of victimization did not affect mental health. Finally, alluding to the sociodemographic variables, women, older participants, students from Sociology and first-year students were more likely to manifest psychological symptomatology. The results alert to the need of scientific investment on this issue in order to achieve a greater understanding of this phenomenon‟s consequences in mental health.Machado, CarlaMatos, MarleneUniversidade do MinhoSimas, Tânia Patrícia Pimentel20112011-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/1822/18628porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-21T12:34:42Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/18628Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:30:25.902306Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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