A visão dos meios de comunicação sobre os incêndios rurais de 2017: análise comparativa dos jornais Correio da Manhã e Público

• Autor(a) principal: Costa, Vanessa Patrícia Assunção
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/30873
• topic: Incêndios rurais; Fogo; Floresta; Portugal; Política; Meios de comunicação; Análise de conteúdo

Os incêndios rurais são perturbações nos ecossistemas que se foram tornando mais frequentes e intensas com a chegada das estações secas. Ao longo dos anos têm induzido diversas transformações no uso do solo, alterando a paisagem e fazendo acentuar os impactos ambientais, económicos e sociais. É notória a tendência pela procura de sucessivas políticas e medidas implementadas com o objetivo de reduzir a dimensão de área ardida e o número de ocorrências, devido ao clima mediterrânico associado a uma série de fatores biofísicos, socioeconómicos e políticos. A partir dos anos 2000, a temática do ambiente adquiriu maior notoriedade no mundo mediático. É através dos meios de comunicação que a sociedade tem criado opiniões e perspetivas diversas face a esta realidade social. A presente dissertação tem como tema de fundo o estudo da problemática dos incêndios rurais ligada ao modo como os meios de comunicação noticiaram estes fenómenos em 2017. O objetivo desta dissertação pretende analisar como é os meios de comunicação social abordaram os incêndios catastróficos de 2017, quais os assuntos mais abordados e a sua distribuição temporal. Posteriormente a uma revisão bibliográfica onde são avaliados, nos últimos anos, a evolução nas transformações do uso do solo, as causas e consequências dos incêndios, a sua evolução e as políticas públicas adotadas, bem como a transformação dos acontecimentos em notícia e a recolha noticiosa, procedeu-se à análise de conteúdo das notícias, publicadas nos jornais portugueses – Público e Correio da Manhã- durante o ano de 2017 dividida em duas partes fundamentais: a análise geral e análise temporal dos dois jornais (antes de junho, entre junho e outubro e depois de outubro). Perante esta análise é visível um maior número de notícias por parte do Correio da Manhã do que do Público. Ambos reportam as notícias durante o fogo e em que as principais causas são diretas naturais. No entanto, a maneira como abordam as notícias são distintas. O Correio da Manhã de uma forma mais genérica e em constante atualização ao minuto, mesmo que esta implique uma repetição de conteúdo e o jornal Público de uma forma mais aprofundada, fazendo com que uma notícia consiga abranger diversos temas em simultâneo.