Revisitando o desastre de Bhopal: os tempos da violência e as latitudes da memória
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/32997 https://doi.org/10.1590/15174522-018004305 |
Resumo: | Na noite de 3 de Dezembro de 1984, um acidente numa fábrica da filial indiana da empresa estadunidense, Union Carbide Corporation (UCC), viria a desencadear o maior desastre industrial da história: o desastre de Bhopal. Neste texto, a partir de uma recente trabalho etnográfico, propomos, cerca de 30 anos depois, um encontro com as vozes daqueles cujas vidas foram afetadas pelo desastre do Bhopal. Em particular, pretendemos questionar os processos pelos quais algumas vidas são desproporcionadamente expostas à violência e fracassam em receber justa compensação, bem como os itinerários pelos quais alguns sofrimentos são tendencialmente elididos da memória social do Ocidente. Finalmente, a partir das “epistemologias do Sul” propostas por Boaventura de Sousa Santos, analisaremos como a vulnerabilidade biográfica e corpórea, imposta pelo desastre, criou espaços de enunciação e narrativas de resistência. |
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Revisitando o desastre de Bhopal: os tempos da violência e as latitudes da memóriaDesastre de BhopalEpistemologias do SulViolência LentaÍndiaMemória SocialNa noite de 3 de Dezembro de 1984, um acidente numa fábrica da filial indiana da empresa estadunidense, Union Carbide Corporation (UCC), viria a desencadear o maior desastre industrial da história: o desastre de Bhopal. Neste texto, a partir de uma recente trabalho etnográfico, propomos, cerca de 30 anos depois, um encontro com as vozes daqueles cujas vidas foram afetadas pelo desastre do Bhopal. Em particular, pretendemos questionar os processos pelos quais algumas vidas são desproporcionadamente expostas à violência e fracassam em receber justa compensação, bem como os itinerários pelos quais alguns sofrimentos são tendencialmente elididos da memória social do Ocidente. Finalmente, a partir das “epistemologias do Sul” propostas por Boaventura de Sousa Santos, analisaremos como a vulnerabilidade biográfica e corpórea, imposta pelo desastre, criou espaços de enunciação e narrativas de resistência.On the night of 2-3 December 1984, an accident in the Indian subsidiary of the US company Union Carbide Corporation (UCC), located in the city of Bhopal, would unleash the world’s worst industrial disaster: the Bhopal disaster. In this paper, based on a recent ethnographic fieldwork, more than 30 years later, an encounter with the voices of those whose lives have been affected by the Bhopal disaster This approach intends to convene readings over time, violence and demarcations of humanity that define the social memory. In particular, the processes by which some lives are disproportionately exposed to violence and the paths through which some forms of suffering tend to be erased from the social memory of the West are questioned. Finally, the spaces of enunciation and resistance created within the biographical and corporeal vulnerabilities imposed by the disaster will be addressed.Universidade Federal do Rio Grande do Sul2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttp://hdl.handle.net/10316/32997http://hdl.handle.net/10316/32997https://doi.org/10.1590/15174522-018004305por1517-45221807-0337http://www.seer.ufrgs.br/index.php/sociologias/article/view/62152/39129Martins, Bruno Senainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2020-05-25T04:53:12Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/32997Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:50:21.610760Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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