Influência de Estímulos Auditivos na Atividade Espontânea do Cérebro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/80663 |
Resumo: | Ao longo das últimas décadas surgiram inúmeros estudos no sentido de compreender a forma como os estímulos externos, nomeadamente estímulos auditivos, são percecionados pelo cérebro humano e de avaliar os efeitos dos mesmos no seu funcionamento. Foi no sentido de explorar estas questões, e tendo como objetivo primário a avaliação das alterações na atividade elétrica espontânea do cérebro produzidas pela aplicação de estímulos auditivos, que surgiu o presente estudo. Assim, foi registada, com recurso ao equipamento Emotiv - Brainwear® EPOC, a atividade elétrica cerebral de 16 sujeitos saudáveis durante períodos de silêncio e durante a aplicação de 12 sons com diferentes qualidades, sendo, simultaneamente, distribuído um questionário para avaliação da perceção dessas qualidades. Entre os participantes distinguiam-se 6 indivíduos sujeitos a treino musical intensivo, 7 considerados músicos amadores e 3 sem formação musical, com o intuito de inferir acerca da existência de tendências na perceção auditiva dos três grupos. Os registos eletroencefalográficos foram analisados através do cálculo da densidade espetral de potência associada a cada um dos períodos. Os resultados sugerem que a presença de um som tende a provocar uma diminuição da potência dos ritmos cerebrais teta, alfa e beta, que, por sua vez, está associada à ativação de mecanismos de processamento cognitivo. Concluiu-se ainda que a influência de cada som na atividade cerebral não aparenta estar associada às qualidades dos sons, mas relaciona-se com a forma de onda e, principalmente, com a intensidade dos mesmos: sons mais estáticos, e com uma forma de onda mais estável ao longo do tempo, tendem a ter menos influência sobre a atividade cerebral, enquanto o contrário é verificado com sons de intensidade variável e formas de onda mais complexas. Finalmente, os resultados do estudo sugerem que a influência de um estímulo auditivo na atividade cerebral aumenta com o nível de formação musical. |
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