Cancro do pulmão na mulher
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/5206 |
Resumo: | Introdução: O cancro do pulmão é responsável por mais de um milhão de novos casos por ano, a nível mundial. É uma neoplasia com incidência crescente entre as mulheres, sendo a segunda mais frequente. Calcula-se que a média de idade ao diagnóstico em Portugal no sexo feminino seja entre os 62 e 66 anos e o adenocarcinoma é o tipo histológico mais frequente. Pensa-se que o tabaco seja um dos fatores de risco mais importantes, contudo investigadores apontam também como causas fatores do meio ambiente, genéticos e hormonais. O objetivo deste estudo foi conhecer o panorama oncológico das mulheres seguidas no serviço de Pneumologia do Hospital Sousa Martins através da análise das características epidemiológicas, clínicas, terapêuticas e de sobrevida dos casos de cancro do pulmão. Materiais e Métodos: Analisaram-se os processos clínicos das doentes do sexo feminino com diagnóstico de Cancro do Pulmão, seguidas na Unidade de Pneumologia Oncológica do Hospital Sousa Martins no período de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2014; Usou-se o teste Qui-quadrado para avaliar “Características dos doentes com neoplasia de pulmão segundo o tipo histológico”, teste de Kruskall-Wallis e subsequentemente testes de Mann-Whitney com correção de Bonferroni para análise das diferenças entre os vários tipos histológicos e o tempo de sobrevida e teste de Kruskall Wallis para analisar as diferenças entre o grupo de jovens, população normal e idosos, em relação aos hábitos tabágicos, contexto profissional e o tempo de sobrevida. Resultados: Nesta amostra de 67 pacientes, 64,2% enquadram-se na população adulta (entre os 35-75 anos) e 35,8 % são idosos (> 75 anos); No que concerne aos hábitos tabágicos, 83,6% não são fumadoras, 7,5% são fumadoras passivas, 6% fumadoras e 3 % ex-fumadoras. O tipo histológico mais frequente com 52,2% das doentes é o adenocarcinoma, seguindo-se com 16,4% o CPPC, com 11,9% o tumor carcinóide, com 9% o carcinoma epidermoide, e outros tipos histológicos ocupando 10,4%. O estádio da doença à data do diagnóstico com maior incidência é o IV com 74,6% das pacientes. Quanto à terapêutica 31,3% dos casos optou-se por quimioterapia isolada, tal como por terapia de suporte, em 16,4% por quimioterapia associada a radioterapia, em 13,4% por resseção cirúrgica, em 4,5% por radioterapia isolada e em 3% por resseção cirúrgica associada a quimioterapia. O tempo médio de sobrevida é 20,49 meses. Ao diagnóstico, 74,6% apresentavam metástases, sendo as ósseas e as hepáticas as mais frequentes. Conclusões: A idade média de diagnóstico encontrada foi consideravelmente superior à descrita em vários estudos. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre hábitos tabágicos e histologia ou tempo de sobrevida, conjuntura que contraria totalmente a literatura. A maioria dos tumores foi diagnosticado em estádio avançado, sendo que o adenocarcinoma e o CPPC foram os tipos histológicos mais frequentes a serem diagnosticados no estádio IV. Foi possível, apesar disso, tratar cirurgicamente 16,4% das doentes. A quimioterapia foi o tratamento com maior incidência nos adenocarcinomas, enquanto a ressecção cirúrgica no tipo carcinoide. Pacientes com tumor carcinoide tiveram, em média, mais meses de sobrevida do que doentes com adenocarcinoma ou carcinoma pulmonar de pequenas células. |
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Cancro do pulmão na mulherA realidade na região da GuardaCancro do PulmãoEstadiamentoHistologiaMulheresTabacoDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: O cancro do pulmão é responsável por mais de um milhão de novos casos por ano, a nível mundial. É uma neoplasia com incidência crescente entre as mulheres, sendo a segunda mais frequente. Calcula-se que a média de idade ao diagnóstico em Portugal no sexo feminino seja entre os 62 e 66 anos e o adenocarcinoma é o tipo histológico mais frequente. Pensa-se que o tabaco seja um dos fatores de risco mais importantes, contudo investigadores apontam também como causas fatores do meio ambiente, genéticos e hormonais. O objetivo deste estudo foi conhecer o panorama oncológico das mulheres seguidas no serviço de Pneumologia do Hospital Sousa Martins através da análise das características epidemiológicas, clínicas, terapêuticas e de sobrevida dos casos de cancro do pulmão. Materiais e Métodos: Analisaram-se os processos clínicos das doentes do sexo feminino com diagnóstico de Cancro do Pulmão, seguidas na Unidade de Pneumologia Oncológica do Hospital Sousa Martins no período de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2014; Usou-se o teste Qui-quadrado para avaliar “Características dos doentes com neoplasia de pulmão segundo o tipo histológico”, teste de Kruskall-Wallis e subsequentemente testes de Mann-Whitney com correção de Bonferroni para análise das diferenças entre os vários tipos histológicos e o tempo de sobrevida e teste de Kruskall Wallis para analisar as diferenças entre o grupo de jovens, população normal e idosos, em relação aos hábitos tabágicos, contexto profissional e o tempo de sobrevida. Resultados: Nesta amostra de 67 pacientes, 64,2% enquadram-se na população adulta (entre os 35-75 anos) e 35,8 % são idosos (> 75 anos); No que concerne aos hábitos tabágicos, 83,6% não são fumadoras, 7,5% são fumadoras passivas, 6% fumadoras e 3 % ex-fumadoras. O tipo histológico mais frequente com 52,2% das doentes é o adenocarcinoma, seguindo-se com 16,4% o CPPC, com 11,9% o tumor carcinóide, com 9% o carcinoma epidermoide, e outros tipos histológicos ocupando 10,4%. O estádio da doença à data do diagnóstico com maior incidência é o IV com 74,6% das pacientes. Quanto à terapêutica 31,3% dos casos optou-se por quimioterapia isolada, tal como por terapia de suporte, em 16,4% por quimioterapia associada a radioterapia, em 13,4% por resseção cirúrgica, em 4,5% por radioterapia isolada e em 3% por resseção cirúrgica associada a quimioterapia. O tempo médio de sobrevida é 20,49 meses. Ao diagnóstico, 74,6% apresentavam metástases, sendo as ósseas e as hepáticas as mais frequentes. Conclusões: A idade média de diagnóstico encontrada foi consideravelmente superior à descrita em vários estudos. Não foi encontrada associação estatisticamente significativa entre hábitos tabágicos e histologia ou tempo de sobrevida, conjuntura que contraria totalmente a literatura. A maioria dos tumores foi diagnosticado em estádio avançado, sendo que o adenocarcinoma e o CPPC foram os tipos histológicos mais frequentes a serem diagnosticados no estádio IV. Foi possível, apesar disso, tratar cirurgicamente 16,4% das doentes. A quimioterapia foi o tratamento com maior incidência nos adenocarcinomas, enquanto a ressecção cirúrgica no tipo carcinoide. Pacientes com tumor carcinoide tiveram, em média, mais meses de sobrevida do que doentes com adenocarcinoma ou carcinoma pulmonar de pequenas células.Introduction: Lung cancer is responsible for over one million new cases per year worldwide. It is a neoplasia with increasing incidence among women, being the second most frequent. It is estimated that the average age at diagnosis in Portugal in women is between 62 and 66 years and adenocarcinoma is the most common histological type. Tobacco is thought to be one of the most important risk factors, however investigators also point out as causes environmental factors, genetic and hormonal. The objective of this study was to have an oncological overview over the women's cancer followed by Pneumology Service of Hospital Sousa Martins by analysing the epidemiological, clinical, therapeutic and survival of lung cancer cases. Materials and Methods: The medical records of all female patients diagnosed with Lung Cancer, followed in Oncologic Pneumology Unit of Hospital Sousa Martins in the period 1 January 2007 to 31 December 2014 were analysed, using the chi-square test to assess "Characteristics of patients with lung cancer according to histological type," Kruskal-Wallis test and subsequently Mann-Whitney tests with Bonferroni correction for analysis of the differences between the various histological types and survival time and Kruskal Wallis test to analyse the differences between the population groups of youth, adults and the elderly, in relation to smoking habits, professional context and survival time. Results: In this sample of 67 elements, 64.2% fall in the adults group (between 35-75 years) and 35.8% are elderly (> 75 years); Concerning the smoking habits, 83.6% are non-smokers, 7,5% passive smokers, 6% smokers and 3% former smokers. The most common histologic type with 52,2% of patients is adenocarcinoma, followed by SCLC with 16.4%, carcinoid tumor with 11,9%, squamous cell carcinoma with 9%, with other histological types occupying 10,4%. The stage of disease at diagnosis with the highest incidence is the IV with 74,6% of patients. As to therapeutics, in 31.3% of the cases the option was chemotherapy alone, as well as supportive therapy, in 16.4% chemotherapy and radiotherapy, in 13.4% by surgical resection, in 4.5% for isolated radiotherapy and in 3% by surgical resection associated with chemotherapy. The average survival time is 20.49 months. At diagnosis, 74,6% had metastases, being bone and liver the most frequent. Conclusions: The average age of diagnosis found was considerably higher than that described in several studies. There was no statistically significant association between smoking habits and histology or survival time, situation that totally contradicts the literature. Most tumors were diagnosed in advanced stages, wherein the adenocarcinoma and CPPC were the most common histologic types to be diagnosed with stage IV. Nevertheless, it was possible to surgically treat 16.4% of patients. Chemotherapy is the treatment with the highest incidence in adenocarcinomas, while in carcinoide type was the surgical resection. Patients with carcinoid tumors had, on average, more months of survival than patients with pulmonary adenocarcinoma or small cell carcinoma.Ferreira, Luís Manuel de Matos SilvauBibliorumEsteves, Carlos Filipe Correia de Silva de Sá2018-07-18T16:03:52Z2015-5-152015-06-182015-06-18T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/5206TID:201642433porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:42:50Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/5206Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:46:10.134785Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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