Casas em série, construções temporárias e lotes vazios. Os subúrbios através da arte contemporânea.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/10201 |
Resumo: | Na arte do século XX é claramente identificável uma ampla transposição das tradicionais fronteiras entre diferentes categorias artísticas e, em particular, o desenvolvimento de transferências entre arte e arquitectura. Com efeito, o processo transgressivo iniciado pelas primeiras vanguardas foi recuperado e consolidado durante a segunda metade do século XX através das dinâmicas criadas pelas segundas vanguardas - nas quais podemos reconhecer uma deliberada convergência entre os campos convencionalmente estabelecidos pela arquitectura e pela produção artística. A partir dos anos 1950, definiu-se uma zona de contacto entre estas duas áreas: um território nebuloso, determinado não apenas por uma mútua influência, mas também pela partilha de um léxico tectónico. Num contexto determinado por deslizamentos entre diferentes media, e em articulação com as revisões do modernismo que começavam a emergir, foi então que a prática artística, de certo modo funcionando como uma heterotopia, se constituiu como um espaço de crítica, capaz de analisar, confrontar e problematizar a arquitectura. Ao revisitar e discutir os seu modos de operar, e questionar as suas soluções, até certo ponto, a arte expandiu o debate sobre a produção arquitectónica. Recuperando algumas das referências teóricas centrais que definem este processo, e partindo do trabalho de vários artistas, este artigo procura discutir os múltiplos modos através dos quais a arte contemporânea problematizou a expansão urbana e a periferia. |
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Casas em série, construções temporárias e lotes vazios. Os subúrbios através da arte contemporânea.Casas em série, construções temporárias e lotes vazios. Os subúrbios através da arte contemporânea.Dossier ArticlesNa arte do século XX é claramente identificável uma ampla transposição das tradicionais fronteiras entre diferentes categorias artísticas e, em particular, o desenvolvimento de transferências entre arte e arquitectura. Com efeito, o processo transgressivo iniciado pelas primeiras vanguardas foi recuperado e consolidado durante a segunda metade do século XX através das dinâmicas criadas pelas segundas vanguardas - nas quais podemos reconhecer uma deliberada convergência entre os campos convencionalmente estabelecidos pela arquitectura e pela produção artística. A partir dos anos 1950, definiu-se uma zona de contacto entre estas duas áreas: um território nebuloso, determinado não apenas por uma mútua influência, mas também pela partilha de um léxico tectónico. Num contexto determinado por deslizamentos entre diferentes media, e em articulação com as revisões do modernismo que começavam a emergir, foi então que a prática artística, de certo modo funcionando como uma heterotopia, se constituiu como um espaço de crítica, capaz de analisar, confrontar e problematizar a arquitectura. Ao revisitar e discutir os seu modos de operar, e questionar as suas soluções, até certo ponto, a arte expandiu o debate sobre a produção arquitectónica. Recuperando algumas das referências teóricas centrais que definem este processo, e partindo do trabalho de vários artistas, este artigo procura discutir os múltiplos modos através dos quais a arte contemporânea problematizou a expansão urbana e a periferia.In twentieth-century art, it´s clearly identifiable a general overcoming of the traditional boundaries between different media, and the development of obvious interchanges between art and architecture in particular. In fact, the transgressive process initiated in the scope of the first avant-gardes, was recaptured and consolidated during the second half of the century by the dynamics created by the neo avant-gardes – in which we can recognize a deliberate convergence between the fields conventionally established by artistic and architectural production. From the 1950s on, a contact zone between these two areas has been defined: a blurred territory determined not only by a mutual influence, but also by the sharing of a tectonic lexicon. In a scenario determined by slips between media, and in articulation with the revisions of modernism that began to emerge, it was then that artistic practice, somehow functioning as an heterotopia, became a critical space where architecture was analyzed, confronted and challenged. Moreover, revisiting and discussing its practices, and questioning its solutions, to a certain extent, art expanded the debate on architecture. Recapturing some of the main theoretical references that define this process, and drawing from the work of several artists, this paper aims to discuss some of the multiple ways contemporary art has been addressing urban growth and suburbia.DINÂMIA'CET-Iscte2017-03-02T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://revistas.rcaap.pt/cct/article/view/10201por2182-3030Brito Alves, Margaridainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-23T16:02:56Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/10201Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T16:04:57.028351Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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