Motivos para a não adesão à toma da vacina antigripal na época 2020/2021 na população portuguesa com 65 e mais anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Ana João
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Kislaya, Irina, Machado, Ausenda, Dias, Carlos Matias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.18/8639
Resumo: A vacinação antigripal sazonal (VAGS) constitui a principal medida de saúde pública para a redução do número de infeções pelo vírus da gripe e respetivas complicações. Anualmente, entre os grupos-alvo definidos com recomendação para a toma da VAG inclui-se a população com 65 e mais anos, para a qual a vacina é gratuita. Assim, é importante identificar os aspetos mais relevantes no comportamento de não adesão à toma desta vacina, para poder desenvolver campanhas de vacinação mais efetivas. Neste estudo utilizou-se o Modelo de Crenças em Saúde (MCS) e as suas cinco dimensões, para compreender o processo de tomada de decisão no caso da não adesão à VAGS na população portuguesa com 65 e mais anos na época 2020/2021. Com base nos dados recolhidos através do painel de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde) constituído em 2018 e renovado parcialmente em dezembro de 2020, utilizaram-se as respostas a uma pergunta aberta sobre os motivos para não ter tomado a VAG na época de 2020/2021. As respostas obtidas foram organizadas em categorias através de análise de conteúdo temática e calculou-se a frequência dos diferentes motivos expressos pelos entrevistados de acordo com as dimensões do MCS: suscetibilidade, gravidade, barreiras, benefícios e pistas para a ação. Estimou-se, para população com 65 ou mais anos, na época em estudo, uma f requência de não adesão à VAGS de 33,8%. As dimensões barreiras e suscetibilidade percebidas foram as dimensões mais evocadas para a não toma da VAGS, especificamente através da perceção de efeitos adversos que podem advir da toma da vacina e da pouca suscetibilidade a contrair a doença. Estes resultados sugerem possíveis lacunas no conhecimento que a população tem acerca da vacina e da d oença.
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