Vacinação antigripal da população portuguesa, em 2011-2012: cobertura e características do acto vacinal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Relatório |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/1010 |
Resumo: | Introdução: Dando continuidade ao trabalho desenvolvido desde a época de 1998-1999, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, através do Departamento de Epidemiologia, estudou a cobertura da vacinação anti-gripal na época de 2011-2012. Objectivo: i) Estimar a cobertura vacinal contra a gripe sazonal (VAGS) na época gripal de 2011-2012, na população do Continente; ii) Caracterizar a prática da VAGS, relativamente a alguns factores, nomeadamente, iniciativa de vacinação, local de vacinação, calendário de vacinação, atitude face à vacina; Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS, em Março-Abril 2012. Esta amostra é aleatória e constituída por 1068 Unidades de Alojamento (UA), contactáveis por telefone fixo e móvel, estratificada por Região NUT II do Continente, com alocação homogénea. Estas unidades de alojamento representaram 3182 indivíduos. Em cada agregado, foi inquirido apenas um elemento com 18 ou mais anos que prestou informação sobre si próprio e sobre os restantes elementos do agregado. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário de 12 perguntas. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito à i) VAGS na época 2011-2012: iniciativa, mês de vacinação, local, motivos para não vacinação, percepção dos não vacinados face à vacina; ii) morbilidade por “gripe” auto-declarada e sintomas e sinais. As questões referentes à cobertura da VAGS foram semelhantes às utilizadas nos questionários aplicados nas épocas anteriores, a fim de se poder comparar resultados. Resultados: Obtiveram-se 821 questionários válidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 76,9%. Através dos respondentes, um por alojamento, obtiveram-se dados sobre 2395 indivíduos residentes naquelas UA, correspondendo a 75,3% do total de indivíduos existentes nas UA da amostra. A cobertura da VAGS na época de 2011-2012 atingiu o valor de 16,4% (IC95%: 13,6%; 19,6%). A cobertura nos grupos de risco foi: 43,4% (IC95%: 35,5%-55,7%), nos indivíduos de 65 anos; 30,9% (IC95%: 25,2%-37,2%), nos portadores de pelo menos uma doença crónica. A vacinação antigripal sazonal ocorreu, quase totalmente, até final de Novembro: (97,6%: IC95%: 94,0%-99,1%), fundamentalmente, por indicação do Médico de Família: 55,8% (IC95%: 45,9%-65,2%); para se vacinarem utilizam essencialmente a farmácia: 55,1% (IC95%: 43,0%-66,7%), seguida do Centro de Saúde: 21,2% (IC95%: 13,4%-31,8%). O principal conjunto de razões invocadas para a recusa da vacinação sazonal relaciona-se com mecanismos de desvalorização/negação da importância da doença: 55,2% (IC95%: 49,4%-60,9%). Discussão/conclusões: Afigura-se importante rever as estratégias de promoção vacinal fundamentalmente, dos indivíduos com 65 anos e mais. Com efeito, é o segundo ano consecutivo em que se verificou diminuição da estimativa percentual de vacinados neste grupo alvo (Portugal assumiu a meta de 75% de cobertura da população idosa e de risco de complicações, para a época 2014-15), assim como no grupo de indivíduos portadores de alguma doença crónica para a qual se recomenda a vacinação. |
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Vacinação antigripal da população portuguesa, em 2011-2012: cobertura e características do acto vacinalEpidemiologiaDoenças Evitáveis pela VacinaçãoGripeVacinaçãoDeterminantes da Saúde e da DoençaIntrodução: Dando continuidade ao trabalho desenvolvido desde a época de 1998-1999, o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, através do Departamento de Epidemiologia, estudou a cobertura da vacinação anti-gripal na época de 2011-2012. Objectivo: i) Estimar a cobertura vacinal contra a gripe sazonal (VAGS) na época gripal de 2011-2012, na população do Continente; ii) Caracterizar a prática da VAGS, relativamente a alguns factores, nomeadamente, iniciativa de vacinação, local de vacinação, calendário de vacinação, atitude face à vacina; Metodologia: O estudo, descritivo transversal, constou de um inquérito realizado por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS, em Março-Abril 2012. Esta amostra é aleatória e constituída por 1068 Unidades de Alojamento (UA), contactáveis por telefone fixo e móvel, estratificada por Região NUT II do Continente, com alocação homogénea. Estas unidades de alojamento representaram 3182 indivíduos. Em cada agregado, foi inquirido apenas um elemento com 18 ou mais anos que prestou informação sobre si próprio e sobre os restantes elementos do agregado. A recolha de dados foi feita através da aplicação de um questionário de 12 perguntas. As variáveis colhidas contemplaram a caracterização dos inquiridos, nomeadamente, no que diz respeito à i) VAGS na época 2011-2012: iniciativa, mês de vacinação, local, motivos para não vacinação, percepção dos não vacinados face à vacina; ii) morbilidade por “gripe” auto-declarada e sintomas e sinais. As questões referentes à cobertura da VAGS foram semelhantes às utilizadas nos questionários aplicados nas épocas anteriores, a fim de se poder comparar resultados. Resultados: Obtiveram-se 821 questionários válidos, o que corresponde a uma taxa de resposta de 76,9%. Através dos respondentes, um por alojamento, obtiveram-se dados sobre 2395 indivíduos residentes naquelas UA, correspondendo a 75,3% do total de indivíduos existentes nas UA da amostra. A cobertura da VAGS na época de 2011-2012 atingiu o valor de 16,4% (IC95%: 13,6%; 19,6%). A cobertura nos grupos de risco foi: 43,4% (IC95%: 35,5%-55,7%), nos indivíduos de 65 anos; 30,9% (IC95%: 25,2%-37,2%), nos portadores de pelo menos uma doença crónica. A vacinação antigripal sazonal ocorreu, quase totalmente, até final de Novembro: (97,6%: IC95%: 94,0%-99,1%), fundamentalmente, por indicação do Médico de Família: 55,8% (IC95%: 45,9%-65,2%); para se vacinarem utilizam essencialmente a farmácia: 55,1% (IC95%: 43,0%-66,7%), seguida do Centro de Saúde: 21,2% (IC95%: 13,4%-31,8%). O principal conjunto de razões invocadas para a recusa da vacinação sazonal relaciona-se com mecanismos de desvalorização/negação da importância da doença: 55,2% (IC95%: 49,4%-60,9%). Discussão/conclusões: Afigura-se importante rever as estratégias de promoção vacinal fundamentalmente, dos indivíduos com 65 anos e mais. Com efeito, é o segundo ano consecutivo em que se verificou diminuição da estimativa percentual de vacinados neste grupo alvo (Portugal assumiu a meta de 75% de cobertura da população idosa e de risco de complicações, para a época 2014-15), assim como no grupo de indivíduos portadores de alguma doença crónica para a qual se recomenda a vacinação.Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeNunes, BaltazarBranco, Maria João2012-09-27T10:40:02Z2012-092012-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/reportapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/1010porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:38:30Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/1010Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:36:10.745539Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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