A Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar (Portimão) – História, Arqueologia e Arquitetura nas Estratégias Defensivas da Costa Algarvia

• Autor(a) principal: Galamba, Bruna Ramalho
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/145156
• topic: Idade Moderna; Fortificação Abaluartada; Arqueologia da Arquitetura; Barlavento Algarvio; Survey; Levantamento; Bastion Fort; Archaeology of Architecture; Modern Age; Western Algarve; Domínio/Área Científica::Humanidades::História e Arqueologia

No decurso do processo de expansão portuguesa vários espaços foram conquistados, como o Norte de África, o Brasil e o Japão. Ao longo do século XVI, a preferência da Coroa por outros locais mais exóticos, faz com que Portugal perca a sua influência em várias praças-fortes norte-africanas, o que afetou o Algarve, região abastecedora dessas localidades, deixando-a vulnerável a ataques de piratas, corsários, berberes e turcos. As queixas de indefesa da costa portuguesa, nomeadamente a algarvia, foram-se somando a cada reinado. O início de uma nova dinastia e um novo conceito, de União Ibérica, trouxe para Portugal novas realidades. É então evidente a desproteção da costa e os obsoletos engenhos militares, num momento em que o reino português enfrentava a ameaça de povos inimigos, adquiridos com a união dinástica. No decorrer da dinastia Filipina, denota-se um investimento na melhoria da defesa da costa algarvia, um importante ponto de passagem da Carreira das Índias, mas muito suscetível a ataques. Incube-se então Alexandre Massaii da avaliação dos dispositivos defensivos existentes e da identificação de outros pontos cruciais na defesa do território. Neste contexto, é concebida a Fortaleza de Santa Catarina de Ribamar, na Praia da Rocha, a envolver uma pequena ermida, e que durante séculos protegeu a Vila Nova de Portimão. Sofrendo profundas alterações estruturais ao longo dos séculos, seja por causas naturais ou por ação antrópica, a fortaleza é ainda hoje um importante marco na paisagem portimonense. Assim, esta dissertação propõe-se a escrever a história do edificado com recurso ao estudo histórico-arqueológico da atual estrutura. Os trabalhos de levantamento recentemente realizados pela Câmara Municipal de Portimão, no âmbito de projetos de requalificação, justificam a importância de se realizar um estudo completo e detalhado da fortificação. Assim, para a realização deste estudo, recorrer-se-á às metodologias da arqueologia da arquitetura, utilizando como base o levantamento fotogramétrico, para analisar e compreender este monumento, ainda muito desconhecido, oferecendo uma perspetiva singular, que enquadre a fortaleza na sua paisagem, época e papel na defesa da costa do barlavento algarvio.