Novo método de caracterização 3D da escoliose idiopática do adolescente

• Autor(a) principal: Pernas, Maria Beatriz Santana
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/48711
• topic: Coluna vertebral; Escoliose; Ângulos de rotação; Quantificação; Ângulo de Cobb; Spine; Scoliosis; Rotation angle; Quantification; Cobb angle

A existência de condições e patologias associadas à coluna vertebral desperta atenção, uma vez que a coluna é crucial na saúde e bem-estar, assim como na manutenção da postura. Entre várias condições existentes, a escoliose é uma patologia caracterizada pela alteração da curvatura natural da coluna vertebral, onde a mesma padeceu de rotação no plano axial, coronal e no plano sagital. É uma deformação tridimensional e é caracterizada como escoliose quando apresenta discrepância de 10º de amplitude da curva. Esta condição deve ser diagnosticada e classificada durante o período da adolescência, enquanto existe crescimento ósseo. Existem vários métodos para diagnosticar e classificar a curvatura da escoliose, assim como existem igualmente, várias abordagens para o tratamento. Um dos tratamentos inovadores e relativamente recente, é a técnica cirúrgica Vertebral Pedicular Tethering. Esta técnica coloca parafusos na zona posterior da vértebra e sendo uma técnica recente, existem algumas questões a nível da caracterização desta patologia que ainda não estão respondidas. Este trabalho focou-se na quantificação de vértebras através do desenvolvimento de uma metodologia para dar resposta e melhorar a nova técnica mencionada. Esta metodologia desenvolvida teve como base a extração de centroides de cada vértebra e a interseção dos mesmos com planos que ditam a posição dos respetivos eixos de cada componente. Este conjunto de elementos permitiu estudar a posição e a variação de cada vértebra, auxiliando no processo computacional. Os principais resultados são a perceção de desvio que ocorreu, em 3D, tanto no desvio angular, rotação dentro da própria coluna e rotação dentro de cada vértebra individual. A avaliação comparativa entre o 2D e o 3D, assim como o método CT face aos exames convencionalmente realizados mostraram diferenças significativas dando mais qualidade à quantificação quando utilizada a metodologia 3D de CT. Findando com as limitações e perspetivas futuras que promovem trabalhos seguintes, porém o foco mantém-se na automatização da metodologia desenvolvida e abordada ao longo deste trabalho para melhor conhecimento do comportamento de colunas com escoliose de variados graus de classificação.