Coparentalidade, estilos de autoridade parental e a regulação emocional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixeira, Patrícia dos Santos Machado
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/5197
Resumo: A estrutura familiar sofre alterações quando ocorre um divórcio, sendo este um processo de grandes mudanças para o casal e para os seus filhos, pois é o início de uma nova parentalidade. Por vezes torna-se difícil separar conjugalidade da parentalidade principalmente quando há conflitos e quando não estão de acordo com a forma como o ex-cônjuge exerce a sua autoridade parental, podendo isto ser fruto de uma instabilidade emocional. Assim, a literatura sustenta que a Coparentalidade e a Regulação Emocional têm consequências nos Estilos de Autoridade Parental. Posto isto, a questão que surge neste estudo é: Quais as diferenças na Coparentalidade, nos Estilos de Autoridade Parental e na Regulação Emocional entre pais divorciados? O objetivo deste estudo de corte transversal é comparar a perceção destas variáveis entre 101 participantes, 59 mães (58.4%), e 42 pais (41.6%) separados/divorciados de idades compreendidas entre 25 e 53 anos (M = 40.6, DP = 5.65) com regime de residência exclusiva ou alternada dos filhos. Os participantes responderam ao questionário sociodemográfico e aos instrumentos Coparenting Questionnaire (CQ), Parental Authority Questionnaire versão para pais (PAQ-P) e Emotion Regulation Questionnaire (ERQ). Os resultados revelaram uma semelhança entre os dois tipos de regimes de residência, em que foram apresentados valores significativos, demonstrando que a Coparentalidade, em particular a dimensão Cooperação, e a Supressão Emocional são os principais preditores dos Estilos Parentais, principalmente no EP Autoritativo. Os resultados indicam que na residência alternada a Supressão Emocional e a Cooperação são preditores significativos dos EP’s Autoritativo e Permissivo, pois quando se percecionam níveis elevados de Cooperação mais os pais/mães adotam o EP Autoritativo e menos o EP Permissivo, quando experienciam uma maior Supressão Emocional. Na residência exclusiva os resultados indicam que a Cooperação e as dimensões da Regulação Emocional são preditores significativos do EP Autoritativo, pois quando se percecionam níveis elevados de Cooperação mais os pais/mães adotam o EP Autoritativo quando experienciam baixa Supressão Emocional e Reavaliação Cognitiva. Desta forma, é possível dizer que os pais e mães portugueses separados/divorciados experienciam em maior número de Supressão Emocional, bem como o Estilo Parental Autoritativo. Este estudo contribui para o conhecimento do funcionamento familiar em contexto de divórcio, relativamente em termos de residência alternada e exclusiva, bem como a forma como cada cônjuge gere as suas emoções.
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