A questão moral em o deserto dos Tártaros, de Dino Buzzati

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mouro, Manuel Henrique Ribeiro Baptista
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/31839
Resumo: Na presente dissertação defende-se que em O Deserto dos Tártaros (1940), romance do autor italiano Dino Buzzati (1906 - 1972), a identificação do(s) motivo(s) que possa(m) ter levado o protagonista a agir como agiu, aparentando ir contra a sua própria vontade, é uma questão que resulta desvalorizada na narrativa. Propõe-se em contrapartida uma linha de leitura segundo a qual o foco do romance incide principalmente no significado da contradição do protagonista. Nessa perspectiva, ensaia-se a possibilidade de acomodar na narrativa dois modos seculares e divergentes de pensar os comportamentos humanos: o aristotélico, que contempla a possibilidade de acrasia (ou seja, falta de autodomínio), e o platónico, que a nega. Pretende-se por fim mostrar que, nesta linha de leitura, o romance de Buzzati suscita sobretudo relevantes questões de ordem moral e de autoconhecimento.
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spelling A questão moral em o deserto dos Tártaros, de Dino BuzzatiBuzzati, Dino, 1906-1972. Il deserto dei TartariRomance italiano - séc.20 - História e críticaMoralTeses de mestrado - 2018Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e LiteraturasNa presente dissertação defende-se que em O Deserto dos Tártaros (1940), romance do autor italiano Dino Buzzati (1906 - 1972), a identificação do(s) motivo(s) que possa(m) ter levado o protagonista a agir como agiu, aparentando ir contra a sua própria vontade, é uma questão que resulta desvalorizada na narrativa. Propõe-se em contrapartida uma linha de leitura segundo a qual o foco do romance incide principalmente no significado da contradição do protagonista. Nessa perspectiva, ensaia-se a possibilidade de acomodar na narrativa dois modos seculares e divergentes de pensar os comportamentos humanos: o aristotélico, que contempla a possibilidade de acrasia (ou seja, falta de autodomínio), e o platónico, que a nega. Pretende-se por fim mostrar que, nesta linha de leitura, o romance de Buzzati suscita sobretudo relevantes questões de ordem moral e de autoconhecimento.In the present dissertation we argue that in The Tartar Steppe (1940), a novel by the Italian author Dino Buzzati (1906 - 1972), the identification of the motive(s) that might have led the protagonist to act the way he did, apparently going against his own will, is a matter devaluated by the narrative. Instead, we propose a reading according to which the main focus of the novel is on the meaning of the protagonist’s contradiction. In that perspective, it is attempted the possibility to accommodate in the narrative two secular and divergent theories on human behaviours: the Aristotelian, which allows for akrasia (i.e. lack of mastery), and the Platonic, that does not. We would like to show that, if read this way, Buzzati’s novel is above all raising relevant issues on morals and knowledge.Fernandes, ÂngelaRepositório da Universidade de LisboaMouro, Manuel Henrique Ribeiro Baptista2018-02-20T11:01:35Z2018-01-092017-09-082018-01-09T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/31839TID:201851130porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:25:39Zoai:repositorio.ul.pt:10451/31839Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:47:13.269205Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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