Para lá do binarismo? O intersexo como desafio epistemológico e político
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/33356 https://doi.org/10.4000/rccs.5421 |
Resumo: | A diferença sexual conjuga vários aspetos, desde biológicos a sociais, que, uma vez delimitados, reduzem as pessoas a duas categorias políticas: mulher e homem. Apesar de estas categorias não serem naturalmente estanques, a maioria das sociedades pretere a diversidade – tomada como deformação – em favor de um sistema sexual binário. Este artigo propõe desconstruir esse binarismo, sugerindo que não é coerente falar de dois sexos, mas antes de uma multiplicidade. A reflexão sobre o intersexo é fundamentalmente desenvolvida com recurso à teoria feminista, teoria queer e filosofia. Apresenta‑se o modo como o intersexo foi sendo considerado ao longo dos tempos, refere‑se uma história da regulação sexual e discutem‑se as suas causas e efeitos. A reflexão da noção de ser humano, que até agora tem excluído o intersexo – em larga medida colocado no limite do impossível –, leva à articulação da teoria da vida habitável de Judith Butler com o apelo de Derrida à hospitalidade incondicional, que pode ser a chave para o reconhecimento do intersexo enquanto categoria humana. |
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