Evolução do trabalho de parto: duração e relação com variáveis obstétricas e neonatais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11848 |
Resumo: | Introdução: O Estágio de Natureza Profissional prevê o desenvolvimento de competências comuns e específicas para esta área de especialidade, em particular as competências relativas ao cuidar da mulher/casal durante o trabalho de parto e parto. Os objetivos preconizados para o estágio determinaram ainda o desenvolvimento de competências de investigação, como contributo para uma prática da enfermagem baseada na evidência. Neste sentido, e sabendo que uma vigilância adequada e segura do trabalho de parto e parto é relevante optamos pelo tema “A evolução do trabalho de parto”. Esta opção justifica-se ainda pela recente revisão dos padrões evolutivos normais do trabalho de parto. Objetivos: Descrever e analisar o processo de aquisição de competências para a prestação de cuidados à mulher/casal e recém-nascido durante o trabalho de parto e parto. Identificar a relação entre fatores obstétricos (paridade, índice de massa corporal, diagnóstico de admissão, analgesia epidural e peso da placenta) e neonatais (peso do recém-nascido) e a duração dos três primeiros estadios do trabalho de parto. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal. Foi utilizada uma amostra de conveniência constituída por 36 parturientes que tiveram o seu parto numa instituição de saúde do Norte do pais. Os dados foram recolhidos através de um formulário, construído especificamente para o estudo e o tratamento estatístico foi realizado no programa SPSS, com recurso à estatística descritiva e inferencial, nomeadamente os testes não paramétricos para amostras independentes e correlações. Resultados: A duração do 1º estadio foi em média de 532,01 minutos (8,9 horas), o 2º estadio de 42,30 minutos e o 3º estadio de 11,83 minutos. Das variáveis estudadas, verificamos que a maioria não estava relacionada com a duração dos diferentes estadios do trabalho de parto e parto. Foi possível verificar que, a duração da fase latente foi maior nas primíparas (p=0,028), a duração do segundo estadio foi maior nas parturientes submetidas a analgesia epidural (p=0,025), e que a duração do terceiro estadio foi maior nas mulheres que apresentavam excesso de peso ou obesidade prévia à gravidez, ainda que no limite de significância (p=0,05). Conclusões: O estágio permitiu o desenvolvimento de competências especializadas no âmbito do trabalho de parto e parto. Em relação à problemática em estudo, concluímos que a duração dos diferentes estadios do trabalho de parto é um importante indicador clínico para fundamentar a avaliação diagnóstica e o planeamento das intervenções de enfermagem, tendo em vista o respeito pela fisiologia do trabalho de parto e a procura de uma experiência de nascimento mais positiva para a mulher/casal e família. |
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Evolução do trabalho de parto: duração e relação com variáveis obstétricas e neonataisCuidados de EnfermagemEvolução-progressão do trabalho de partoIntrodução: O Estágio de Natureza Profissional prevê o desenvolvimento de competências comuns e específicas para esta área de especialidade, em particular as competências relativas ao cuidar da mulher/casal durante o trabalho de parto e parto. Os objetivos preconizados para o estágio determinaram ainda o desenvolvimento de competências de investigação, como contributo para uma prática da enfermagem baseada na evidência. Neste sentido, e sabendo que uma vigilância adequada e segura do trabalho de parto e parto é relevante optamos pelo tema “A evolução do trabalho de parto”. Esta opção justifica-se ainda pela recente revisão dos padrões evolutivos normais do trabalho de parto. Objetivos: Descrever e analisar o processo de aquisição de competências para a prestação de cuidados à mulher/casal e recém-nascido durante o trabalho de parto e parto. Identificar a relação entre fatores obstétricos (paridade, índice de massa corporal, diagnóstico de admissão, analgesia epidural e peso da placenta) e neonatais (peso do recém-nascido) e a duração dos três primeiros estadios do trabalho de parto. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal. Foi utilizada uma amostra de conveniência constituída por 36 parturientes que tiveram o seu parto numa instituição de saúde do Norte do pais. Os dados foram recolhidos através de um formulário, construído especificamente para o estudo e o tratamento estatístico foi realizado no programa SPSS, com recurso à estatística descritiva e inferencial, nomeadamente os testes não paramétricos para amostras independentes e correlações. Resultados: A duração do 1º estadio foi em média de 532,01 minutos (8,9 horas), o 2º estadio de 42,30 minutos e o 3º estadio de 11,83 minutos. Das variáveis estudadas, verificamos que a maioria não estava relacionada com a duração dos diferentes estadios do trabalho de parto e parto. Foi possível verificar que, a duração da fase latente foi maior nas primíparas (p=0,028), a duração do segundo estadio foi maior nas parturientes submetidas a analgesia epidural (p=0,025), e que a duração do terceiro estadio foi maior nas mulheres que apresentavam excesso de peso ou obesidade prévia à gravidez, ainda que no limite de significância (p=0,05). Conclusões: O estágio permitiu o desenvolvimento de competências especializadas no âmbito do trabalho de parto e parto. Em relação à problemática em estudo, concluímos que a duração dos diferentes estadios do trabalho de parto é um importante indicador clínico para fundamentar a avaliação diagnóstica e o planeamento das intervenções de enfermagem, tendo em vista o respeito pela fisiologia do trabalho de parto e a procura de uma experiência de nascimento mais positiva para a mulher/casal e família.Introduction: The Professional Internship provides the development of standard and specific skills for this area of expertise, particularly the skills related to caring for the woman/couple during labour and delivery. The objectives recommended for the internship also determined the development of research skills to contribute to evidence-based nursing practice. In this sense, and knowing that adequate and safe surveillance of labour and delivery is relevant, we chose the theme "The evolution of labour". This option is justified by the recent review of the standard evolutionary labour patterns. Objectives: To describe and analyse the process of acquiring skills to provide care to women/couples and newborns during labour and delivery. To identify the relationship between obstetric (parity, body mass index, admission diagnosis, epidural analgesia, and placental weight) and neonatal (newborn weight) factors and the duration of the first three stages of labour. Methodology: A quantitative, descriptive-correlational and cross-sectional study was developed. A convenience sample consisting of 36 parturients who had their birth in a health institution in the North of the country was used. Data were collected using a form built specifically for the study. Statistical treatment was performed in the SPSS program, using descriptive and inferential statistics, namely non-parametric tests for independent samples and correlations. Results: The duration of the 1st stage was, on average, 532,01 minutes (8,9 hours), the 2nd stage of 42,30 minutes and the 3rd stage of 11,83 minutes. Of the variables studied, we found that most were not related to the duration of the different stages of labour and delivery. It was possible to verify that despite the duration of the first stage being longer in primiparous than in multiparous. It was possible to verify that the duration of the latent phase was longer in primiparous women (p=0.028), the duration of the second stage was longer in parturients submitted to epidural analgesia (p=0.025), and that the duration of the third stage was longer in women who were overweight or obese prior to pregnancy, even if at the limit of significance (p=0.05). Conclusions: The internship allowed the development of specialised skills in labour and delivery. Regarding the problem under study, we conclude that the duration of the different stages of labour is an important clinical indicator to support the diagnostic evaluation and the planning of nursing interventions, bearing in mind the respect for the physiology of labour and the search for a more positive birth experience for the woman/couple and family.2023-10-26T10:45:08Z2022-09-23T00:00:00Z2022-09-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11848porMôcho, Ana Teresa Batista Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:45:49Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11848Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:04:03.355691Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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