Relação entre a satisfação no trabalho e o suporte social em enfermeiros que desenvolvem ações paliativas

• Autor(a) principal: Escaleira, Anna Leocádia Guimarães
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/5389
• topic: Gestão dos serviços de saúde; Pessoal de enfermagem; Satisfação no trabalho; Satisfação do paciente

A classe de enfermagem é uma das maiores no que diz respeito aos profissionais que trabalham em instituições de saúde, tornando-se importante avaliar o nível de satisfação destes profissionais. Se considerarmos as ações paliativas, que são desenvolvidas com doentes crónicos, podemos compreender a necessidade de que os profissionais que as executam se sintam satisfeitos dado o teor das atividades desenvolvidas e o desgaste, emocional e físico, envolvidos. Desta forma, o presente estudo pretende dar resposta à seguinte questão: Os enfermeiros que cuidam de outras pessoas em locais onde, na sua perceção, lhes é possibilitado suporte emocional, profissional e/ou prático, sentem-se mais satisfeitos do que aqueles em cujos locais de trabalho essa perceção não existe? Assim, este estudo apresenta um caráter transversal, enquadrando-se no paradigma quantitativo. É ainda um estudo descritivo e correlacional em que foram utilizados testes de comparação de médias e de testes de correlação de Pearson. O objetivo desta investigação consistiu em estudar de que forma a satisfação profissional dos enfermeiros se relaciona com o suporte social, no contexto do desenvolvimento de ações paliativas. A amostra do estudo foi constituída por enfermeiros que desenvolvem ações paliativas no Centro Oncológico do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE e nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados do distrito de Vila Real. A principal conclusão obtida foi de que os enfermeiros que desenvolvem ações paliativas se encontram insatisfeitos nas várias dimensões da satisfação profissional, apresentando uma grande discrepância entre aquilo que eles julgam que deveriam ter e aquilo que realmente possuem. Concluiu-se ainda que a perceção de suporte social não se relaciona com a satisfação profissional enquanto estas não são divididas nas suas dimensões. Todavia, constatou-se que são mais as dimensões da satisfação profissional que deveria existir a relacionarem-se com as de suporte social do que as de satisfação que existe. Considera-se importante que os enfermeiros que têm funções de gestão estejam atentos a estes aspetos de modo a que a insatisfação existente não venha a promover uma desmotivação geral nos profissionais de Enfermagem e consequentemente uma diminuição da qualidade dos cuidados prestados. Através dos resultados do estudo, pudemos verificar as relações que as dimensões do suporte social têm com as da satisfação profissional. Cabe assim aos responsáveis das instituições promover medidas de modo a combater as carências sentidas, nunca esquecendo que, no setor da saúde, o utente é o beneficiário final dos cuidados prestados.