Sutura percutânea de rotura aguda do tendão de Aquiles em atletas utilizando Tenolig® Revisão de 30 casos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Antunes,Artur
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Carvalho,Manuel Santos, Seara,Manuel, Oliveira,Paulo, Moura,António Mendes, Pinto,Rui
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-21222013000200009
Resumo: Introdução: A rotura do tendão de Aquiles apresenta uma incidência crescente pelo aumento da prática desportiva informal. Diversos estudos têm comparado as opções terapêuticas, tratamento médico versus cirúrgico, não existindo ainda consenso. Na abordagem cirúrgica, a via percutânea tem sido cada vez mais utilizada. Verificámos esse aumento na nossa instituição. O objetivo deste estudo é avaliar o resultado funcional pré e pós rotura e a taxa de rerrotura nos doentes submetidos a cirurgia percutânea do tendão de Aquiles. Material: Realizámos um estudo retrospetivo de 30 doentes com lesões durante a prática desportiva, submetidos a cirurgia percutânea com Tenolig ® por rotura do tendão de Aquiles entre 2007 e 2008. Excluímos roturas com mais de 8 dias de evolução, doentes não seguidos na instituição após a cirurgia, roturas abertas, associadas a fluroquinolonas e doentes com patologia neurológica ou vascular diagnosticada. Métodos: A avaliação funcional foi classificada utilizando o American Orthopaedic Foot and Ankle Society (AOFAS) hindfoot score. Avaliámos através de questionário o nível de atividade física pré e pós lesão (ocasional, ligeira ou intensa). A taxa de rerrotura foi calculada através de revisão processual e avaliação clínica. Resultados: No grupo de estudo de 30 doentes (70% do sexo masculino), o mecanismo de lesão foi a prática desportiva - 80% futebol e 20% corrida. Em relação ao nível de atividade, 16,6% dos doentes tinham atividade ocasional, 46,6% tinha atividade ligeira e 36,6% intensa. No período de follow-up, 86,6% dos doentes apresentava um valor médio AOFAS hindfoot score de bom (80 a 100 pontos). Nesse mesmo período, o nível de atividade encontrado foi de 23,3% para atividade ocasional/sedentarismo, 53,3% tinha atividade ligeira e 23,3% mantinham atividade intensa. Obtivemos uma taxa de rerrotura de 10%, verificando-se em média 4 meses após a cirurgia, sem valor estatisticamente significativo. Todas as rerroturas foram reintervencionadas por via cirúrgica aberta. Discussão: O mecanismo de lesão mais frequente, prática desportiva, é consistente com os dados presentes na literatura. Verificámos uma diminuição de atividade física entre o pré e pós-lesão, embora 86,6% dos doentes apresentassem um AOFAS hindfoot score médio de bom. Encontrámos uma taxa de rerrotura superior ao esperado para o procedimento, embora sem valor estatístico significativo. Conclusão: Os dados sugerem uma diminuição da atividade física após uma rotura do tendão de Aquiles. Na nossa instituição, a taxa de rerroturas com a utilização de Tenolig ® não foi estatisticamente significativa.
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