Líquen escleroso vulvar na criança: um diagnóstico a ter em mente
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3462 |
Resumo: | O líquen escleroso é uma dermatose inflamatória, que pode aparecer em qualquer idade e com marcada preponderância pela região genital. Trata-se de uma entidade relativamente frequente, sobretudo no género feminino, ainda que muito pouco reconhecida pela maior parte dos clínicos. Pode ser totalmente assintomático ou, no outro extremo, responsável por quadros de prurido e/ou ardor com marcada interferência com a qualidade de vida. A obstipação é uma manifestação única das crianças. As hemorragias são frequentes, pela fragilidade cutânea, diferentemente do que se verifica em mulheres adultas. A sua apresentação em idade infantil gera frequentemente confusão com quadros de abuso sexual, com todas as implicações daí decorrentes. Pode ter como consequência a curto e médio prazo uma destruição da normal anatomia vulvar e, por vezes, anal. A longo prazo acarreta um risco acrescido de carcinoma vulvar. O correcto e atempado tratamento pode evitar as sequelas desta afecção, embora não se conheça o seu impacto sobre o risco de malignidade. Os corticóides tópicos são o tratamento de primeira linha. Habitualmente esta entidade surge num ambiente pessoal e familiar carregado de doenças e fenómenos auto-imunes. Especulou-se que a maior parte dos casos surgidos na infância entrariam em remissão, sem sequelas, após a menarca. Hoje, contudo, sabe-se não ser essa a realidade. Salienta-se a necessidade de abordagens e colaboração multidisciplinares, incluindo clínicos gerais, pediatras, ginecologistas, urologistas e dermatologistas. Os autores abordam a epidemiologia, sinais e sintomas, o papel da biópsia, complicações, seguimento, prognóstico e tratamento do líquen escleroso vulvar em crianças. |
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