Estudo para a estabilização de negativos em gelatina e brometo de prata com suporte em vidro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, Andreia Sofia Alves
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/18326
Resumo: A fotografia teve o importante contributo dos negativos em gelatina e brometo de prata com suporte em vidro durante o período compreendido entre 1878 e 1925, constituindo grande parte das coleções de arquivos fotográficos. O impacto das degradações nestas peças históricas repercute-se não só ao nível da preservação da peça mas também dos seus conteúdos. Nos casos em que se realiza uma intervenção de restauro utilizam-se adesivos referênciados para peças em vidro, sem estudos sobre as interações químicas que podem ocorrer entre os materiais. Tendo presente a fragilidade do material, este estudo tem como objetivo contribuir para a conservação ativa destas espécies fotográficas desenvolvendo um método sustentado por estudos sobre a interação dos adesivos utilizados com os materiais constituintes dos negativos (vidro, sais de prata e gelatina), que permita uma intervenção fundamentada e um maior acesso às peças. O trabalho iniciou-se com o estudo de quatro adesivos indicados para estabilização destas espécies fotográficas: gelatina (colagénio), Paraloid™ B-72, Hxtal® NYL-1 e Araldite® 2020. Foram preparadas amostras, nas quais se aplicaram adesivos, tendo sido submetidas a ensaios de envelhecimento artificial. Os resultados foram acompanhados através de Microscopia Ótica (MO) e análise molecular por micro-espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier (μ-FTIR), e foram realizados testes mecânicos de tração. Em questões de reversibilidade, apenas as uniões com Paraloid™ B-72 mostraram reversibilidade da união, sendo que relativamente à degradação deste adesivo com os diferentes solventes, foi percetível uma maior alteração do Paraloid™ B-72 com acetona, do que com xileno. No que diz respeito aos restantes adesivos, a gelatina, para além de interferir visualmente com a emulsão, apresenta um poder de adesão muito baixo. Já as resinas epoxídicas, com uma metodologia mais trabalhada poderão apresentar resultados de união satisfatórios. No entanto provocam facilmente excessos sobre a emulsão, danificando-a. Foi ainda estudada uma coleção pertencente ao Arquivo Histórico Ultramarino-Instituto de Investigação Científica Tropical (AHU-IICT), que apresenta casos com degradação ao nível da emulsão, nomeadamente o destacamento da emulsão, tendo sido realizadas análises elementar e molecular por micro-fluorescência de raios-X dispersiva de energias (μ-EDXRF) e μ-FTIR, respetivamente.
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