Produção de Salicornia ramosissima e Sarcocornia perennis em aquaponia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Abrantes, Maria Beatriz de Oliveira
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/33349
Resumo: As plantas halófitas, possuem grandes potencialidades para “revolucionar” a agricultura uma vez que apresentam uma capacidade de completar o seu ciclo de vida em ambientes com elevadas concentrações de sais, permitindo a obtenção de alimentos em áreas até agora desvalorizadas ou sub-aproveitadas. O presente estudo tem como objetivo testar a viabilidade da produção de Salicornia ramosissima e Sarcocornia perennis na empresa ALGAplus, através do método em aquaponia. Esta empresa, apresenta um sistema de aquacultura multitrófica integrada (IMTA) implementado em tanques de terra, onde produz peixes e macroalgas. No decurso deste estudo, testou-se o efeito combinado do dimorfismo da semente e da salinidade da água nas taxas de germinação de S. ramosissima. Os resultados evidenciaram que as sementes dimórficas de S. ramosissima selvagem podem germinar com sucesso numa salinidade de 0, a única salinidade que apresentou uma taxa de germinação média superior a 50%, tanto nas sementes primárias como nas secundárias. A variabilidade nas respostas de germinação tende a aumentar com a salinidade. Relativamente ao método de cultivo em aquaponia foram testados dois tipos de plataformas flutuantes: esferovite e cortiça. As taxas de sobrevivência das plantas de S. ramosissima e S. perennis foram mais elevadas nas plataformas de cortiça (22,4 ± 18,9% and 48,1 ± 35,6%, respetivamente) do que nas plataformas de esferovite (9,5 ± 7,4% and 5,1 ± 7,9%, respetivamente). As plataformas de esferovite apresentaram uma média de alturas das plantas (28,4 ± 4,3 cm) de S. ramosissima mais elevada do que as plataformas de cortiça (26,9 ± 3,3 cm). As plataformas de cortiça apresentaram uma média de alturas das plantas (30,9 ± 5,8 cm) de S. perennis mais elevada do que as plataformas de esferovite (26,6 ± 11,2 cm). O presente trabalho, abre portas para estudos futuros e a possível implementação da exploração de mais um recurso vegetal no sistema de produção da ALGAplus, rentabilizando a superfície atualmente disponível na empresa.
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