Fatores associados com a realização de PSOF e de colonoscopia na população do INSEF: o indivíduo não rastreado e sua importância para a saúde pública
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/129546 |
Resumo: | RESUMO - Introdução: O rastreio do cancro do cólon e reto é uma prioridade de Saúde Pública e importa estudar os fatores que influenciam a utilização dos exames de rastreio para planear estratégias mais eficazes. Este estudo teve como objetivos principais estimar a associação entre variáveis sociodemográficas (grupo etário, sexo, Região de Saúde, tipo de urbanização, nível de escolaridade), económicas (situação laboral e capacidade económica) e de acesso aos cuidados de saúde (atribuição de Médico de Família), e a utilização de pesquisa de sangue oculto nas fezes e de colonoscopia, bem como, do mesmo modo, definir o perfil do indivíduo não rastreado em Portugal. Material e métodos: Estudo transversal, descritivo com componente analítico, tendo por base os dados colhidos através de questionário no 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico. Foram estudados os indivíduos que obedeceram aos critérios de inclusão do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico, com idades entre os 50 e os 74 anos. Procedeu-se a análise estatística univariável, bivariável e multivariável com recurso ao programa R versão 4.0.3 (em ambiente RStudio). Resultados: 45,7% dos indivíduos referiram ter realizado pesquisa de sangue oculto nas fezes nos 2 anos anteriores. 37,3% referiram ter realizado colonoscopia nos 5 anos anteriores. A realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes foi, de forma estatisticamente significativa, superior nos indivíduos mais velhos e nos indivíduos com Médico de Família. A realização de colonoscopia foi, de forma estatisticamente significativa, superior nos indivíduos mais velhos, com maior capacidade económica e com Médico de Família. Os indivíduos não rastreados corresponderam a 33,6% da amostra. A não realização de rastreio foi, de forma estatisticamente significativa, superior nos indivíduos mais novos e sem Médico de Família, havendo ainda diferenças estatisticamente significativas na distribuição por Região de Saúde. Discussão e Conclusão: A utilização dos exames complementares que servem de base ao programa de rastreio do cancro do cólon e reto é influenciada por fatores sociodemográficos, económicos e de acesso aos cuidados de saúde. Os indivíduos não rastreados são, sobretudo, os mais novos e sem Médico de Família atribuído. A Região de Saúde também assume importância neste contexto, provavelmente devido à implementação desigual do rastreio no território nacional. É fundamental alargar o programa de rastreio a todo o país e garantir uma implementação uniforme. O Médico de Família é uma figura central na execução deste programa de rastreio. |
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Fatores associados com a realização de PSOF e de colonoscopia na população do INSEF: o indivíduo não rastreado e sua importância para a saúde públicaCancro do cólon e retoColonoscopiaCuidados preventivosPesquisa de sangue oculto nas fezesRastreioDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências SociaisRESUMO - Introdução: O rastreio do cancro do cólon e reto é uma prioridade de Saúde Pública e importa estudar os fatores que influenciam a utilização dos exames de rastreio para planear estratégias mais eficazes. Este estudo teve como objetivos principais estimar a associação entre variáveis sociodemográficas (grupo etário, sexo, Região de Saúde, tipo de urbanização, nível de escolaridade), económicas (situação laboral e capacidade económica) e de acesso aos cuidados de saúde (atribuição de Médico de Família), e a utilização de pesquisa de sangue oculto nas fezes e de colonoscopia, bem como, do mesmo modo, definir o perfil do indivíduo não rastreado em Portugal. Material e métodos: Estudo transversal, descritivo com componente analítico, tendo por base os dados colhidos através de questionário no 1º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico. Foram estudados os indivíduos que obedeceram aos critérios de inclusão do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico, com idades entre os 50 e os 74 anos. Procedeu-se a análise estatística univariável, bivariável e multivariável com recurso ao programa R versão 4.0.3 (em ambiente RStudio). Resultados: 45,7% dos indivíduos referiram ter realizado pesquisa de sangue oculto nas fezes nos 2 anos anteriores. 37,3% referiram ter realizado colonoscopia nos 5 anos anteriores. A realização de pesquisa de sangue oculto nas fezes foi, de forma estatisticamente significativa, superior nos indivíduos mais velhos e nos indivíduos com Médico de Família. A realização de colonoscopia foi, de forma estatisticamente significativa, superior nos indivíduos mais velhos, com maior capacidade económica e com Médico de Família. Os indivíduos não rastreados corresponderam a 33,6% da amostra. A não realização de rastreio foi, de forma estatisticamente significativa, superior nos indivíduos mais novos e sem Médico de Família, havendo ainda diferenças estatisticamente significativas na distribuição por Região de Saúde. Discussão e Conclusão: A utilização dos exames complementares que servem de base ao programa de rastreio do cancro do cólon e reto é influenciada por fatores sociodemográficos, económicos e de acesso aos cuidados de saúde. Os indivíduos não rastreados são, sobretudo, os mais novos e sem Médico de Família atribuído. A Região de Saúde também assume importância neste contexto, provavelmente devido à implementação desigual do rastreio no território nacional. É fundamental alargar o programa de rastreio a todo o país e garantir uma implementação uniforme. O Médico de Família é uma figura central na execução deste programa de rastreio.Nunes, BaltazarRUNGomes, Fábio Ricardo Elias Sousa2021-12-21T16:33:15Z20202020-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/129546TID:202709841porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T05:08:38Zoai:run.unl.pt:10362/129546Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:46:34.274844Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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