ALTERAÇÕES DO ESTILO DE VIDA DE ESTUDANTES DO 3.ºANO DO ENSINO BÁSICO DURANTE O CONFINAMENTO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro,Inês
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Cruz,Fátima, Araújo,Joana
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-59852022000100014
Resumo: RESUMO INTRODUÇÃO: O confinamento devido à pandemia por COVID-19 acarretou modificações nos estilos de vida, nomeadamente nos hábitos alimentares e atividade física das crianças. OBJETIVOS: Avaliar as alterações do estilo de vida de estudantes do 3.º ano do ensino básico dos Agrupamentos de Escolas do concelho do Marco de Canaveses no segundo confinamento, comparativamente ao período de aulas presenciais. METODOLOGIA: Estudo observacional descritivo transversal aplicado a uma amostra de conveniência de 210 estudantes com idade média de 8 anos (dp 0,51), através do autopreenchimento de um questionário online pelos Encarregados de Educação, entre 29 de abril e 18 de junho. O questionário era constituído por sete grupos: 1) questões sociodemográficas, 2) questões gerais sobre os hábitos alimentares, estado nutricional e atividade física; 3) preocupação do encarregado de educação sobre o estilo de vida da criança; 4) alterações emocionais; 5) frequência do consumo alimentar; 6) ocorrência de episódios de ingestão emocional; 7) prática de atividade física. RESULTADOS: Segundo o reportado pelos Encarregados de Educação, 36,7% das crianças aumentaram a ingestão alimentar, 56,2% petiscaram mais alimentos, 58,6% diminuíram a atividade física e 32,4% aumentaram de peso no segundo confinamento. Os estudantes que aumentaram de peso apresentaram um aumento da ingestão alimentar e da frequência do ato de petiscar e uma diminuição da prática de atividade física. Os educandos, cujos pais se sentem capazes de transmitir hábitos alimentares saudáveis, aumentaram o consumo de hortícolas e diminuíram o consumo de arroz/massa/batata e doces. Valores superiores de sobreingestão emocional, associaram-se a maior ingestão alimentar, maior frequência do ato de petiscar e aumento de peso. CONCLUSÕES: Cerca de metade das crianças alterou negativamente o estilo de vida em termos de alimentação e atividade física, e cerca de um terço aumentou de peso. O incentivo e adoção de estilos de vida saudáveis pelos encarregados de educação influenciaram a ingestão alimentar das crianças.
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