A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/32377 |
Resumo: | Muito antes de ser oficialmente descoberta, a Antártida já alimentava a imaginação das nações e dos seus marinheiros, pelas riquezas naturais que possuiria. Em 1959 foi assinado o Tratado da Antártida com o intuito de refrear a conflitualidade crescente em torno das reivindicações territoriais naquele continente. Congelaram-se as existentes, proibiram-se novas, mas não se acomodou a questão da exploração de recursos minerais, à data, inviável. O Atlântico Sul, entendido como o espaço localizado entre a América do Sul e África, encerra um corredor de elevado valor geoestratégico e possui três importantes bacias oceânicas intercomunicantes, i) o choke point Natal/Dakar; ii) a passagem do Cabo da Boa Esperança; e iii) a Passagem de Drake e os estreitos de Beagle e Magalhães, ligações naturais diretas entre Atlântico e Pacífico. Consideramos assim que Antártida e Atlântico Sul não podem analiticamente ser dissociados, mas qual a importância da Antártida naquele espaço geopolítico? Para além da localização estratégica, ambos encerram recursos naturais importantes, especialmente os recursos antárticos. Com o intuito de impedir a exploração dos recursos naturais na Antártida e a consequente destruição daquele habitat, foi assinado em 1991 o Protocolo de Madrid. No entanto cientistas que têm lutado pela preservação do “continente gelado” acreditam que os interesses comerciais poderão colocar em risco aquele Protocolo. A pressão para o consenso é muito elevada no âmbito do Sistema do Tratado da Antártida, sobretudo devido à adesão de novos membros, que ao não terem efetuado reivindicações territoriais defendem o estatuto de Reserva da Humanidade. |
id |
RCAP_e21ee826252b15afb6fe3361eec82ecc |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:comum.rcaap.pt:10400.26/32377 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico SulComissão do Golfo da GuinéConvenção de Montego Bay, 1974-1982GeopolíticaGeoestratégiaRecursos naturaisPlataforma continentalAlterações climáticasCooperação regionalHistóriaZPACASAntártida (Região)Atlântico SulBrasilUruguaiArgentinaEUAChileReino UnidoPortugalMuito antes de ser oficialmente descoberta, a Antártida já alimentava a imaginação das nações e dos seus marinheiros, pelas riquezas naturais que possuiria. Em 1959 foi assinado o Tratado da Antártida com o intuito de refrear a conflitualidade crescente em torno das reivindicações territoriais naquele continente. Congelaram-se as existentes, proibiram-se novas, mas não se acomodou a questão da exploração de recursos minerais, à data, inviável. O Atlântico Sul, entendido como o espaço localizado entre a América do Sul e África, encerra um corredor de elevado valor geoestratégico e possui três importantes bacias oceânicas intercomunicantes, i) o choke point Natal/Dakar; ii) a passagem do Cabo da Boa Esperança; e iii) a Passagem de Drake e os estreitos de Beagle e Magalhães, ligações naturais diretas entre Atlântico e Pacífico. Consideramos assim que Antártida e Atlântico Sul não podem analiticamente ser dissociados, mas qual a importância da Antártida naquele espaço geopolítico? Para além da localização estratégica, ambos encerram recursos naturais importantes, especialmente os recursos antárticos. Com o intuito de impedir a exploração dos recursos naturais na Antártida e a consequente destruição daquele habitat, foi assinado em 1991 o Protocolo de Madrid. No entanto cientistas que têm lutado pela preservação do “continente gelado” acreditam que os interesses comerciais poderão colocar em risco aquele Protocolo. A pressão para o consenso é muito elevada no âmbito do Sistema do Tratado da Antártida, sobretudo devido à adesão de novos membros, que ao não terem efetuado reivindicações territoriais defendem o estatuto de Reserva da Humanidade.Instituto da Defesa NacionalRepositório ComumRei, Vanessa2020-05-25T16:16:49Z2019-122019-12-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/32377por978-972-27-1994-0info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-10T11:57:17Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/32377Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:37:38.455525Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
title |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
spellingShingle |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul Rei, Vanessa Comissão do Golfo da Guiné Convenção de Montego Bay, 1974-1982 Geopolítica Geoestratégia Recursos naturais Plataforma continental Alterações climáticas Cooperação regional História ZPACAS Antártida (Região) Atlântico Sul Brasil Uruguai Argentina EUA Chile Reino Unido Portugal |
title_short |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
title_full |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
title_fullStr |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
title_full_unstemmed |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
title_sort |
A Antártida no espaço geopolítico do Atlântico Sul |
author |
Rei, Vanessa |
author_facet |
Rei, Vanessa |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Repositório Comum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rei, Vanessa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Comissão do Golfo da Guiné Convenção de Montego Bay, 1974-1982 Geopolítica Geoestratégia Recursos naturais Plataforma continental Alterações climáticas Cooperação regional História ZPACAS Antártida (Região) Atlântico Sul Brasil Uruguai Argentina EUA Chile Reino Unido Portugal |
topic |
Comissão do Golfo da Guiné Convenção de Montego Bay, 1974-1982 Geopolítica Geoestratégia Recursos naturais Plataforma continental Alterações climáticas Cooperação regional História ZPACAS Antártida (Região) Atlântico Sul Brasil Uruguai Argentina EUA Chile Reino Unido Portugal |
description |
Muito antes de ser oficialmente descoberta, a Antártida já alimentava a imaginação das nações e dos seus marinheiros, pelas riquezas naturais que possuiria. Em 1959 foi assinado o Tratado da Antártida com o intuito de refrear a conflitualidade crescente em torno das reivindicações territoriais naquele continente. Congelaram-se as existentes, proibiram-se novas, mas não se acomodou a questão da exploração de recursos minerais, à data, inviável. O Atlântico Sul, entendido como o espaço localizado entre a América do Sul e África, encerra um corredor de elevado valor geoestratégico e possui três importantes bacias oceânicas intercomunicantes, i) o choke point Natal/Dakar; ii) a passagem do Cabo da Boa Esperança; e iii) a Passagem de Drake e os estreitos de Beagle e Magalhães, ligações naturais diretas entre Atlântico e Pacífico. Consideramos assim que Antártida e Atlântico Sul não podem analiticamente ser dissociados, mas qual a importância da Antártida naquele espaço geopolítico? Para além da localização estratégica, ambos encerram recursos naturais importantes, especialmente os recursos antárticos. Com o intuito de impedir a exploração dos recursos naturais na Antártida e a consequente destruição daquele habitat, foi assinado em 1991 o Protocolo de Madrid. No entanto cientistas que têm lutado pela preservação do “continente gelado” acreditam que os interesses comerciais poderão colocar em risco aquele Protocolo. A pressão para o consenso é muito elevada no âmbito do Sistema do Tratado da Antártida, sobretudo devido à adesão de novos membros, que ao não terem efetuado reivindicações territoriais defendem o estatuto de Reserva da Humanidade. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-12 2019-12-01T00:00:00Z 2020-05-25T16:16:49Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/book |
format |
book |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.26/32377 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.26/32377 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
978-972-27-1994-0 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto da Defesa Nacional |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto da Defesa Nacional |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799134935781474304 |