Formação Inicial de Professores: um modelo emergente de supervisão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rocha, João
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.19/6216
Resumo: Os desafios da complexidade, da globalidade, da mutação, da contextualização, da interatividade, da flexibilidade e da preparação para o incerto, os paradigmas de formação, as diversas óticas de desenvolvimento profissional e as diferentes perspetivas de supervisão sobre a Prática de Ensino Supervisionada na formação inicial de professores, estimulam as instituições de ensino superior para a mudança e para novas e diferentes responsabilidades na formação e desenvolvimento profissional de professores. As oportunidades de mudança plasmadas no atual regime jurídico de habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário, colocaram novas exigências e alterações à Formação Inicial de Professores, nomeadamente à Prática de Ensino Supervisionada, abrindo oportunidades de renovação do ensino superior. A investigação que desenvolvemos, enquadrada na atual conjuntura de transição paradigmática e de complexidade, tem como finalidade, construir conhecimento no âmbito da supervisão, tendo em vista a identificação da possível emergência de um novo modelo supervisivo nos discursos sobre a supervisão, perspetivado para uma maior qualificação dos futuros profissionais do 1.o Ciclo do Ensino Básico. Para alcançar o objetivo proposto, propusemo-nos desenhar e realizar uma investigação centrada numa abordagem de natureza qualitativa, relacionada com o paradigma fenomenológico-interpretativo, utilizando como instrumento de recolha de dados, o inquérito por entrevista. A entrevista foi aplicada a responsáveis educativos que participaram na criação e/ou adequação dos cursos de Formação Inicial de Professores do 1.o Ciclo do Ensino Básico aos diplomas legais que regulam a referida formação e a especialistas nacionais de supervisão. Procurando uma leitura global dos resultados obtidos, destaca-se a necessidade de adequar as práticas supervisivas aos desafios colocados pelas sociedades contemporâneas, pelo que, dos discursos dos interlocutores emerge um novo modelo de supervisão, mais adaptado às novas contingências e conjuntura (em que a formação é bietápica e a prática perde espaço) e perspetivado para uma maior qualificação dos futuros profissionais da educação e para o seu desenvolvimento pessoal e profissional, que denominamos bioecodesenvolvimentista e integrador e que é necessário aproveitar e pôr em prática, possibilitando uma formação mais adequada aos futuros professores do 1.o Ciclo do Ensino Básico.
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