RIAM – Realidades Imersivas Ativadoras de Memórias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/39503 |
Resumo: | A multiplicidade de equipamentos, conteúdos e atividades associadas a experiências imersivas têm registado um crescimento gradual em contextos extra-académicos, como é o caso do entretenimento e da saúde. Estudos disponíveis indicam que com as devidas condicionantes, existe um campo amplo de exploração destas soluções em áreas como, por exemplo, as terapias de reminiscência. Num cenário atual onde, com o contributo da pandemia COVID19, o número de transtornos de foro mental e neuro cognitivo têm aumentado de forma significativa, existe uma lista extensa de desafios merecedores de atenção adicional. Enquanto seres humanos o nosso cérebro necessita de ser exercitado por forma a mantê-lo saudável e possivelmente menos propenso a problemas de declínio nas suas capacidades. Num contexto de isolamento, existe sempre a hipótese de privação destes estímulos com efeitos negativos, mas sempre difíceis de prever na sua plenitude. Existem, no entanto, caminhos a ser explorados no estabelecimento de pontes entre a saúde do cérebro e a realização de exercícios de reminiscência recorrendo a tecnologias associadas à realidade virtual. O contato com experiências e ambientes imersivos, capazes de evocar memórias e a consequente partilha das mesmas, moveu parte do estudo aqui apresentado. O presente estudo denominado RIAM: Realidades Imersivas Ativadoras de Memórias, teve como objetivo investigar o efeito que vídeos 360º, visualizados com recurso a Head Mounted Devices, cujos conteúdos estão relacionados com as memórias dos utilizadores, podem ter no espoletar de atividades de comunicação oral e storytelling espontâneos. As experiências de visualização e partilha de memórias envolvendo os sujeitos participantes na investigação ajudou a compreender os efeitos que estes tipos de conteúdos audiovisuais poderão ter nos utilizadores e forneceu pistas quanto ao seu potencial enquanto conteúdos para atividades como, por exemplo, terapias de reminiscência. Apesar de possuir algumas limitações inerentes à tipologia do conteúdo utilizado, foi interessante registar a interação e envolvimento do utilizador com a experiência e a forma como a mesma espoletou certas emoções e também recordações conotáveis com exercícios de reminiscência. O estudo, para além da construção do corpus teórico que sustentou o seu desenvolvimento, incluiu ainda a produção de conteúdos e a realização de testes com uma amostra de 20 utilizadores que gentilmente acederam a seguir um protocolo de testes desenhado especificamente para este estudo. Como resultados mais relevantes destaca-se a identificação da relação direta entre a visualização de conteúdos ligados às memórias dos utilizadores e a partilha oral espontânea de histórias pessoais por parte desses mesmos utilizadores, assim como a versão ainda com espaço para melhoria do protocolo de testes desenhado para o estudo. |
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Num contexto de isolamento, existe sempre a hipótese de privação destes estímulos com efeitos negativos, mas sempre difíceis de prever na sua plenitude. Existem, no entanto, caminhos a ser explorados no estabelecimento de pontes entre a saúde do cérebro e a realização de exercícios de reminiscência recorrendo a tecnologias associadas à realidade virtual. O contato com experiências e ambientes imersivos, capazes de evocar memórias e a consequente partilha das mesmas, moveu parte do estudo aqui apresentado. O presente estudo denominado RIAM: Realidades Imersivas Ativadoras de Memórias, teve como objetivo investigar o efeito que vídeos 360º, visualizados com recurso a Head Mounted Devices, cujos conteúdos estão relacionados com as memórias dos utilizadores, podem ter no espoletar de atividades de comunicação oral e storytelling espontâneos. As experiências de visualização e partilha de memórias envolvendo os sujeitos participantes na investigação ajudou a compreender os efeitos que estes tipos de conteúdos audiovisuais poderão ter nos utilizadores e forneceu pistas quanto ao seu potencial enquanto conteúdos para atividades como, por exemplo, terapias de reminiscência. Apesar de possuir algumas limitações inerentes à tipologia do conteúdo utilizado, foi interessante registar a interação e envolvimento do utilizador com a experiência e a forma como a mesma espoletou certas emoções e também recordações conotáveis com exercícios de reminiscência. O estudo, para além da construção do corpus teórico que sustentou o seu desenvolvimento, incluiu ainda a produção de conteúdos e a realização de testes com uma amostra de 20 utilizadores que gentilmente acederam a seguir um protocolo de testes desenhado especificamente para este estudo. Como resultados mais relevantes destaca-se a identificação da relação direta entre a visualização de conteúdos ligados às memórias dos utilizadores e a partilha oral espontânea de histórias pessoais por parte desses mesmos utilizadores, assim como a versão ainda com espaço para melhoria do protocolo de testes desenhado para o estudo.The multiplicity of equipment, contents and activities associated with immersive experiences have been gradually growing for years in extra-academic contexts such as entertainment and health. Available studies indicate that with the proper conditions, there is a wide field of exploration of these solutions in areas such as for example, reminiscence therapies. In a current scenario where, with a major contribution from the COVID-19 pandemic, the number of mental and neuro-cognitive disorders has been increasing steadily, there is an extensive list of challenges worthy of further attention. As human beings, our brains need to be exercised in order to keep them healthy and possibly less prone to problems of declining abilities. In a context of isolation, to which we have all been subjected, there is always the chance of deprivation of these stimuli with negative effects, but always difficult to fully predict. There are, however, paths to be explored in the establishment of bridges between brain health and the performance of reminiscence exercises using technologies associated with virtual reality. The contact with immersive experiences and environments, capable of evoking memories and their consequent sharing, moved part of the study presented here. The present study named RIAM: Immersive Realities Activating Memories, aimed to investigate the effect that 360º videos, viewed using Head Mounted Devices, whose contents are related to the users' memories, may have on the triggering of spontaneous oral communication and storytelling activities. The experiences of viewing and sharing of memories involving the subjects participating in the research helped to understand the effects that this type of audiovisual content may have on users and provided clues as to their potential as content for activities such as, for example, reminiscence therapy. Despite having some limitations inherent to the type of content used, it was interesting to register the user's interaction and involvement with the experience and how it triggered the "unblocking" of certain emotions and also memories connectable with reminiscence exercises. Besides the construction of the theoretical corpus that supported its development, the study also included the production of contents and the execution of tests with a sample of 20 users who kindly agreed to follow a test protocol designed specifically for this study. The most relevant results were the identification of a direct relationship between the viewing of contents related to users' memories and the spontaneous oral sharing of personal stories by those same users, as well as the version with room for improvement of the testing protocol designed for the study.2023-10-13T08:38:12Z2022-12-21T00:00:00Z2022-12-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/39503porReis, Francisco Miguel Alves Tavares dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T12:17:08Zoai:ria.ua.pt:10773/39503Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:09:39.531914Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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