Orientação clínica das doenças hipertensivas da gravidez

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro-Brás,Inês
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Reynolds,Ana, Guedes-Martins,Luís, Silva,Patrícia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1646-58302022000300213
Resumo: Resumo Introdução: As doenças hipertensivas próprias da gravidez representam uma causa importante de morbimortalidade materno-fetal. O conhecimento da fisiopatologia subjacente a estas patologias tem alterado a conduta clínica. Contudo, ainda não há consenso na abordagem. O objetivo deste trabalho é avaliar a concordância entre obstetras quanto às orientações na pré-eclâmpsia/eclâmpsia e síndrome de HELLP, publicadas por centros clínicos nacionais e organismos internacionais. Materiais e Métodos: Incluíram-se dois protocolos nacionais (protocolos) e quatro orientações internacionais (guidelines). Obteve-se a concordância de três obstetras após dividir as recomendações em oito categorias, do diagnóstico à gestão da doença, usando o método de Delphi modificado. Na comparação das recomendações os especialistas atribuíram um índice de concordância por categoria de “0” (discordância, diferenças com significado clínico), “0,50” ou “1” (concordância). A análise incluiu o cálculo das medianas dos índices de concordância, individualmente e globalmente. Resultados: Na maioria das categorias a discordância entre orientações foi parcial (medianas de “0,50”). As categorias menos concordantes foram “critérios de internamento na pré-eclâmpsia”, “critérios de gravidade da pré-eclâmpsia” e “orientação no síndrome de HELLP” entre protocolos e guidelines (medianas de “0,00”). A falta de concordância entre obstetras relativamente às orientações clínicas é reportada noutros estudos. As divergências detetadas poderão acarretar impacto nos desfechos materno, perinatal e neonatal. Conclusão: Os resultados sugerem a necessidade em elaborar orientações nacionais de conduta clínica nas doenças hipertensivas próprias da gravidez, incluindo rastreio e prevenção, obtidas através do consenso de um grupo de obstetras provenientes das diversas maternidades do país.
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