A narrativas das famílias e dos jovens sobre o trabalho das equipas técnicas dos lares de infância e juventude na reunificação familiar

• Autor(a) principal: Borges, José Alberto Raquel
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/8492
• topic: Intervenção familiar; reunificação familiar; crianças e jovens em acolhimento residencial; Modelo Ecológico; Exclusão Social; Plano DOM

Esta Dissertação tem como objetivo conhecer as narrativas das crianças e jovens, bem como das suas famílias, que vivenciaram a separação, a institucionalização e a reunificação familiar. Pretende também perceber, através dessas narrativas, o trabalho desenvolvido pelas equipas técnicas dos Lares de Infância e Juventude, tendo em conta os pressupostos legais e as orientações aportadas pelo Plano Desafios, Oportunidades, Mudanças. O Plano Dom trouxe consigo um novo paradigma de intervenção, numa lógica de trabalho de projeto, numa perspetiva ecológica, que pretendia envolver as famílias das crianças e jovens colocadas em acolhimento institucional na definição dos seus projetos de vida, sempre que possível, com vista à reunificação familiar. Esta nova proposta implicou uma mudança na forma e conteúdo da intervenção nos LIJ, desde a uniformização de procedimentos, ao nível organizacional e burocrático, criando instrumentos passíveis de ser avaliados, mas também ao nível da própria intervenção, obrigando os LIJ a uma maior abertura à comunidade e, sobretudo às famílias, colocando o trabalho técnico não só à disposição das crianças e jovens acolhidas, mas também das suas famílias, envolvendo-as, de forma participada e reflexiva, na definição dos seus projetos de vida. Para atingir o objetivo proposto, recorreu-se ao Estudo de Caso, por se entender que seria a melhor forma de se conseguir compreender as histórias, sentimentos e opiniões inerentes aos sujeitos que melhor nos poderiam auxiliar nesta pesquisa. Através de entrevistas semiestruturadas, e fazendo sempre um paralelo com as orientações da Segurança Social, foi possível obter essa informação, sendo depois interpretada através do Modelo Ecológico, à luz das Teorias da Exclusão Social, dos problemas familiares e dos maus tratos às crianças e jovens. Tendo em conta os resultados obtidos, apresentam-se alguns contributos relativamente à intervenção com crianças e jovens institucionalizados e respetivas famílias, bem como uma reflexão sobre o papel do assistente social nas equipas técnicas dos LIJ, abrindo-se algumas linhas de investigação futuras, para uma melhor compreensão acerca destes fenómenos sociais.