A relação entre intolerância à ambiguidade e conservadorismo político: abordagem multi-métodos com jovens e adultos portugueses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cruz, Paulo Gil da Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/18086
Resumo: No passado, vários estudos procuraram estabelecer uma relação entre variáveis de personalidade e a posição ideológica dos indivíduos, um componente importante do modelo de escolha de voto, com extensos resultados. No entanto, pouca atenção tem sido dada à possibilidade de existirem variáveis situacionais que possam moderar ou sobrepujar tais relações. Esta dissertação apresenta dois estudos que procuram não só replicar a relação estabelecida na literatura como testar a resiliência dessa relação face a uma variável externa ao indivíduo. No estudo 1, foi usada e validada uma nova escala de conservadorismo político adaptada à realidade atual e com base num conceito bipartido de conservadorismo como resistência à mudança do status quo (conservadorismo situacional) e como uma ideologia autónoma com o seu próprio conjunto de valores (conservadorismo autónomo). Utilizando este instrumento, foi possível replicar a relação entre intolerância à ambiguidade e o conservadorismo político. No estudo 2, adotou-se o método do questionário experimental para analisar o impacto de três diferentes estímulos (político, apolítico e neutro), sob a forma de notícias postadas nas redes sociais, na correlação entre intolerância à ambiguidade e conservadorismo político para uma amostra de 119 indivíduos adultos. Somente entre os indivíduos expostos ao estímulo neutro se observou uma relação entre a intolerância à ambiguidade e o conservadorismo situacional, tendo os indivíduos altamente intolerantes demonstrado mais conservadorismo situacional quando expostos a estímulos neutros que quando em contacto com estímulos de natureza não política percecionados como uma grande mudança de carácter negativo.
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