Estudo PaSeFi: o que ensinam os pais sobre sexualidade aos seus filhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira,Carla
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Ferreira,Helena, Alves,Marta, Tavares,Cláudia, Macedo,Liliana, Dias,Ângela
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542017000300002
Resumo: Introdução: O desenvolvimento sexual da criança é um processo fisiológico, influenciado pela idade, pelo que vivencia e lhe é ensinado. Assim, quem participa ativamente na sua educação deve estar consciencializado da pertinência do tema. Objetivos: Caracterizar a educação sexual (ES) realizada a crianças de seis e sete anos. Material e métodos: Estudo de base comunitária, observacional e transversal dirigido a pais de crianças com 6/7 anos de idade. Aplicou-se um questionário de autopreenchimento, com questões sociodemográficas e de caracterização da ES das crianças, a partir das quais foi efetuada uma escala com o objetivo de avaliar a envolvência dos pais na ES dos filhos, que foi tanto maior, quanto maior for a cotação obtida (máximo 33). A analise estatística dos dados utilizou o programa informático Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS), versão 22.0. Resultados: Obtiveram-se questionários de 127 pais, com idade média de 38 anos e predomínio de respostas maternas. Procuraram obter conhecimentos acerca da sexualidade dos seus filhos apenas 22% dos pais, e destes 1/3 fê-lo junto de um médico. Apesar de 91,2% dos pais referirem sentir-se confortáveis para falar de sexualidade com os seus filhos, 62,9% nunca o fez, principalmente por considerarem ser precoce. Quando abordada, a iniciativa partiu maioritariamente da criança. A reprodução humana e as diferenças entre sexos foram abordadas, exclusivamente em casa, em 55,8% e 35,5% dos casos, respetivamente. Foi iniciativa dos pais a abordagem de comportamentos de exploração do corpo adequados aos domínios público/privado (88,5%) e de comportamentos inadequados por terceiros à exploração do corpo da criança (97%). A cotação média da escala que traduz a ES das crianças e a envolvência parental foi 13,7±5,18, havendo diferença entre a cotação obtida pelas mães (14,5±5,3) e pais (12,6±4,9) (p<0,05). Conclusões: Os resultados evidenciam que os pais não priorizam esta vertente do desenvolvimento infantil, aspeto reiterado pela abordagem pouco frequente de temas relativos à ES no seio familiar, por iniciativa dos pais.
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