Como definir o indefinido: A Computer Music no caso do fenómeno Hatsune Miku

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Beatriz Alves da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/154265
Resumo: Vocaloid, sobre o qual este trabalho se debruça, é um software sintetizador de voz cujo desenvolvimento foi financiado pela empresa Yamaha. A Yamaha permitiu o seu licenciamento a outras empresas, sendo que cada uma delas pôde desenvolver as suas próprias bibliotecas sonoras, isto é, um conjunto de samples ou amostras de sons vocais. Uma dessas empresas foi a Crypton Future Media (CFM), responsável pelo lançamento do Vocaloid no Japão em 2004. A estratégia de marketing desta empresa fez com que o seu software se destacasse dos demais, personificando graficamente cada biblioteca sonora através de ilustrações de personagens. Em Agosto de 2007 a CFM lança o Vocaloid 2 que é representado pela personagem Hatsune Miku, e assim o nosso objeto de estudo. O seu design encantador e futurístico conquistou os japoneses ao ponto de se tornar uma imagem de marca deste software. A CFM permite aos fãs de Hatsune Miku alterar livremente a sua aparência e personalidade. Para além disso, realizam concertos cujas músicas apresentadas através de uma projeção holográfica desta personagem são realizadas pelos utilizadores do software. Uma vez que o nosso objeto de estudo é designado de diversas maneiras por vários autores, elaborámos a expressão Perfomer Musical Virtual, com a qual pretendemos englobar as características que considerámos mais relevantes para a nossa investigação: sintetizador vocal, avatar, body without organs e ídolo virtual. Tudo isto resultou num fenómeno de criatividade à volta de Hatsune Miku. A presente investigação demonstra como fenómenos desta natureza ajudam a estimular a criatividade artística dos fãs, os quais, pelos mesmos motivos, consideramos que devem ser aplicados em casos como a Computer Music. Como resultado, esperamos contribuir para as discussões relacionadas com a liberdade na criação artística por parte dos fãs que partilham e modificam trabalhos originais, quer da Computer Music como de outros géneros musicais, para além de debates relacionados com as atuações de performers virtuais.
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