Mapear o campo artístico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/196 |
Resumo: | Este artigo analisa a noção de campo artístico de Bourdieu, no intuito de explicar a sua abordagem específica da estética e mapear as características genéricas e as implicações do conceito de campo. A ideia relacional de campo foi desenvolvida ao longo de três décadas para pôr fim à oposição entre análises internalistas e externalistas das práticas e produtos artísticos. O conceito designa uma arena de acção autogovernada que opera simultaneamente como um espaço de forças objectivas e um terreno de lutas em torno de formas de competência e autoridade. A análise de campo é concomitantemente genética e estrutural: implica definir uma topologia de posições sociais pertinentes, caracterizar o habitus dos agentes activos, identificar as fontes e o grau de autonomia que dota o campo da sua capacidade prismática de seleccionar e refractar influências externas e, desse modo, configurar as interacções de acordo com a sua própria morfologia e história. |
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Mapear o campo artísticoPierre BourdieuCampo artísticoProdução culturalEste artigo analisa a noção de campo artístico de Bourdieu, no intuito de explicar a sua abordagem específica da estética e mapear as características genéricas e as implicações do conceito de campo. A ideia relacional de campo foi desenvolvida ao longo de três décadas para pôr fim à oposição entre análises internalistas e externalistas das práticas e produtos artísticos. O conceito designa uma arena de acção autogovernada que opera simultaneamente como um espaço de forças objectivas e um terreno de lutas em torno de formas de competência e autoridade. A análise de campo é concomitantemente genética e estrutural: implica definir uma topologia de posições sociais pertinentes, caracterizar o habitus dos agentes activos, identificar as fontes e o grau de autonomia que dota o campo da sua capacidade prismática de seleccionar e refractar influências externas e, desse modo, configurar as interacções de acordo com a sua própria morfologia e história.This article dissects Bourdieu’s notion of artistic field as a means for explicating his distinctive approach to aesthetics and to map out the generic features and implications of the concept of field. The relational idea of field was developped over three decades to revoke the opposition between internalist and externalist analyses of artistic practices and products. It designates a self-governing arena of action that operates at once as a space of objective forces and a terrain for struggle over forms of competency and authority. Field analysis is at once genetic and structural: it entails drawing a topology of pertinent positions, tracing the habitus of active agents, identifying the sources and degree of autonomy that endows the field with its prismatic capacity to select and refract external influences and thereby shape interactions according to its own morphology and history.Cet article analyse la notion de champ artistique de Bourdieu, afin d’expliquer son approche particulière de l’esthétique et de dresser les caractéristiques générales et les enjeux du concept de champ. L’idée relationnelle de champ a été développée au long de trois décennies pour en finir avec l’opposition entre analyses internalistes et externalistes des pratiques et des produits artistiques. Le concept désigne une arène d’action autogouvernée qui opère simultanément comme un espace de forces objectives et comme un terrain de luttes autour de formes de compétence et d’autorité. L’analyse de champ est génétique et structurelle à la fois: elle implique une topologie de positions sociales pertinentes, de caractériser l’habitus des agents actifs, d’identifier les sources et le degré d’autonomie qui dote le champ de sa capacité prismatique à sélectionner et à refouler les influences externes et, partant, de configurer les interactions selon leur propre morphologie et leur histoire.Este artículo analiza la noción de campo artístico de Bourdieu, con la intención de explicar su abordaje especifico de la estética y mapear las características genéricas y las implicaciones del concepto de campo. La idea relacional de campo fue desarrollada a lo largo de tres décadas para poner fin a la oposición entre análisis internalistas y externalistas de las prácticas y productos artísticos. El concepto designa una arena de acción auto-gobernada que opera simultáneamente como un espacio de fuerzas objetivas y un terreno de luchas en torno a formas de competencia y autoridad. El análisis de campo es al mismo tiempo genético y estructural: implica definir una topología de posiciones sociales pertinentes, caracterizar el habitus de los agentes activos, identificar las fuentes y el grado de autonomía que dota al campo de su capacidad prismática para seleccionar y reflejar influencias externas y, de este modo, configurar las interacciones de acuerdo con su propia morfología e historia.CIES-ISCTE / CELTA2006-10-19T15:21:35Z2005-01-01T00:00:00Z2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/196por0873-6529Wacquant, Loïcinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:29:06Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/196Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:13:01.938999Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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