Bioensaio de extratos vegetais em Biomphalaria glabrata exposta a Schistosoma mansoni
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/19134 |
Resumo: | A schistosomose causada por Schistosoma mansoni é uma das parasitoses mais prevalentes em humanos, sendo o seu hospedeiro intermediário um molusco de água doce da espécie Biomphalaria glabrata. Para o controlo desta parasitose, além do tratamento dos doentes infetados, também é importante que as populações de moluscos sejam controladas. Visando encontrar estratégias de controlo dos moluscos, este estudo pretende clarificar o papel de alguns extratos vegetais enquanto inibidores do desenvolvimento do parasita na fase intra molusco. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar a atividade biológica de extratos de folhas de duas plantas da Guiné-Bissau (Abrus precatorius e Khaya senegalensis) sobre Biomphalaria glabrata infetada com Schistosoma mansoni. Os parâmetros avaliados foram a sobrevivência/mortalidade, oviposição, eliminação de cercárias e a sua viabilidade no hospedeiro definitivo (murganho), assim como a presença de danos no DNA dos moluscos através da técnica de Comet Assay. Embora os obtidos resultados sejam bastante preliminares, parecem indicar que os extratos de folhas de Abrus precatorius e Khaya senegalensis não apresentam atividade moluscicida uma vez que ocorreu uma baixa taxa mortalidade nos grupos de moluscos expostos aos extratos e esta ocorreu ao longo do bioensaio e não nas primeiras 24 horas de exposição. Através da técnica de Comet assay foi possível verificar que o DNA dos moluscos expostos aos extratos apresentava danos, mas não significativos. Em relação ao grupo de moluscos infetados com S.mansoni e expostos aos extratos, só os que foram expostos ao extrato de A. precatorius e a DMSO apresentaram danos significativos no DNA. No que diz respeito à libertação de cercárias demonstrou que a exposição aos extratos induziu uma maior libertação de cercárias por parte dos moluscos quando comparativamente ao grupo de moluscos só infetados com S.mansoni ,no entanto estas diferenças não se apresentam como significativas. Em relação à oviposição, os extratos em si parecem não ser responsáveis pelo aumento do número médio de posturas produzidas por B.glabrata. Embora tenham existido diferenças no número médio de posturas produzidas entre os vários grupos experimentais, estas só foram significativas no grupo de moluscos infetados e expostos ao extrato de K.senegalensis e no grupo de moluscos infetados mas não expostos a nenhum extrato (neste caso no controlo para os moluscos expostos ao extrato de K. senegalensis). Por outro lado, os extratos parecem afetar a viabilidade das formas infetantes, quer para o hospedeiro definitivo (cercárias), quer para o hospedeiro intermediário (miracídios). |
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Bioensaio de extratos vegetais em Biomphalaria glabrata exposta a Schistosoma mansoniParasitologia médicaBiomphalaria glabrataSchistosoma mansoniKhaya senegalensisAbrus precatoriusParasitasDomínio/Área Científica::Ciências MédicasA schistosomose causada por Schistosoma mansoni é uma das parasitoses mais prevalentes em humanos, sendo o seu hospedeiro intermediário um molusco de água doce da espécie Biomphalaria glabrata. Para o controlo desta parasitose, além do tratamento dos doentes infetados, também é importante que as populações de moluscos sejam controladas. Visando encontrar estratégias de controlo dos moluscos, este estudo pretende clarificar o papel de alguns extratos vegetais enquanto inibidores do desenvolvimento do parasita na fase intra molusco. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar a atividade biológica de extratos de folhas de duas plantas da Guiné-Bissau (Abrus precatorius e Khaya senegalensis) sobre Biomphalaria glabrata infetada com Schistosoma mansoni. Os parâmetros avaliados foram a sobrevivência/mortalidade, oviposição, eliminação de cercárias e a sua viabilidade no hospedeiro definitivo (murganho), assim como a presença de danos no DNA dos moluscos através da técnica de Comet Assay. Embora os obtidos resultados sejam bastante preliminares, parecem indicar que os extratos de folhas de Abrus precatorius e Khaya senegalensis não apresentam atividade moluscicida uma vez que ocorreu uma baixa taxa mortalidade nos grupos de moluscos expostos aos extratos e esta ocorreu ao longo do bioensaio e não nas primeiras 24 horas de exposição. Através da técnica de Comet assay foi possível verificar que o DNA dos moluscos expostos aos extratos apresentava danos, mas não significativos. Em relação ao grupo de moluscos infetados com S.mansoni e expostos aos extratos, só os que foram expostos ao extrato de A. precatorius e a DMSO apresentaram danos significativos no DNA. No que diz respeito à libertação de cercárias demonstrou que a exposição aos extratos induziu uma maior libertação de cercárias por parte dos moluscos quando comparativamente ao grupo de moluscos só infetados com S.mansoni ,no entanto estas diferenças não se apresentam como significativas. Em relação à oviposição, os extratos em si parecem não ser responsáveis pelo aumento do número médio de posturas produzidas por B.glabrata. Embora tenham existido diferenças no número médio de posturas produzidas entre os vários grupos experimentais, estas só foram significativas no grupo de moluscos infetados e expostos ao extrato de K.senegalensis e no grupo de moluscos infetados mas não expostos a nenhum extrato (neste caso no controlo para os moluscos expostos ao extrato de K. senegalensis). Por outro lado, os extratos parecem afetar a viabilidade das formas infetantes, quer para o hospedeiro definitivo (cercárias), quer para o hospedeiro intermediário (miracídios).Schistosomiasis, caused by Schistosoma mansoni, is one of the most prevalent parasitic diseases in humans, its intermediate host is a freshwater mollusc from the species Biomphalaria glabrata. For the control of this disease, besides treatment of infected patients, it is also important that the mollusc populations are controlled. In order to find strategies for control of molluscs, this study aimed to investigate the activity of plant extracts as inhibitors of parasite development in mollusc. The main objective was to evaluate the biological activity of extracts from the leaves of two plants from Guinea-Bissau (Abrus precatorius and Khaya senegalensis) in Biomphalaria glabrata exposed to Schistosoma mansoni. The parameters evaluated were survival / mortality, oviposition, elimination of cercariae and its viability on the definitive host (mouse) as well as DNA damage in the molluscs through the technique of Comet Assay. Although the results are very preliminary, they seem to indicate that the extracts from leaves of Abrus precatorius and Khaya senegalensis don’t have molluscicidal activity, as the mortality rate was low in the groups of molluscs exposed to the extracts and mortality occurred later in the bioassay and not during the first 24 hours post-exposure. Through the technique of Comet assay we found that the DNA from molluscs exposed to extracts showed damage but that it was not significant. Regarding the group of molluscs infected with S.mansoni and exposed to the extracts, only those exposed to the extract of A. precatorius and DMSO showed significant DNA damage. Exposure to extracts induced an increase in the release of cercariae by the molluscs when compared to the group of molluscs infected only with S.mansoni, however these differences were not statistically significant. It was not detected an increase in the average number of eggs produced by B.glabrata exposed to the extracts. Although there were differences in the mean number of eggs produced between the various experimental groups, they were only significant between the group of molluscs infected and exposed to the extract from Khaya senegalensis and in the group infected but not exposed to any of the extracts (specifically in the control for the molluscs exposed to the extract of Khaya senegalensis). On the other hand the extracts appear to affect the viability of the infective forms in the definitive host (cercariae), and in the intermediate host (miracidia).Instituto de Higiene e Medicina TropicalCALADO, Maria ManuelaCARDOSO, FernandoRUNFERNANDES, Hélder Felício2018-01-17T01:30:20Z201520152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/19134TID:201129248porinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T03:59:11Zoai:run.unl.pt:10362/19134Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:25:18.431175Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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