Aquacultura de Chondrus crispus e extração de carragenanas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/7695 |
Resumo: | Sabe-se que as algas, no seu geral, são consumidas pelos seres humanos há milhares de anos. A procura deste alimento funcional, rico em compostos bioativos, continua a ser claramente superior nos países asiáticos (sendo parte da cultura culinária asiática), no entanto nos países ocidentais já se nota um crescimento na sua popularidade. A aquacultura de macroalgas poderá ser a solução para aumentar disponibilidade de biomassa algal e reduzir o seu custo drasticamente. A macroalga vermelha Chondrus crispus (conhecida comummente por Musgo Irlandês) é já reconhecida há séculos pelo seu uso alimentar e pelo seu teor em compostos de interesse para o Ser Humano. Com a visível diminuição deste recurso na nossa costa (nomeadamente devido à colheita excessiva para exploração e venda) e o seu elevado interesse biotecnológico, devido a compostos tais como as carragenanas, este estudo foca-se no desenvolvimento de técnicas de aquacultura desta espécie, de forma a mitigar os efeitos da sua colheita e verificar o teor em carragenanas. Foram comparadas quatro metodologias: Free Floating, Tentativa de fixação a Rocha, Gaiolas (cages) e linhas fixas semelhantes a Long Line. Visivelmente, o melhor método em termos de crescimento foi o Berçário 0, de tipologia Free Floating, em que ao 24º dia de cultivo obtivemos uma taxa específica de crescimento (SGR) de 2,08%/dia ± 0,47. O pior método em termos de crescimento foi o Berçário 2 (com tentativa falhada de fixação da alga à rocha), onde a SGR a 28 dias foi de 0,33%/dia ± 0,69. Já na extração de carragenanas da macroalga, toda a biomassa derivada dos métodos de aquacultura testados (Berçário 1- Free Floating; Berçário 2- Tentativa de fixação a rocha; e cages) demonstrou um menor teor de carragenanas quando comparada com a biomassa selvagem obtida por colheita (50,95%/dia ± 4,10). No entanto, o método Free Floating do Berçário 1 apresentou um teor de carragenanas aceitável de 31,43% ± 7,00. Após análise de valores de SGR semanais e redução de nutrientes na água dos berçários, foi visível uma correlação positiva. Devemos então investir na aquacultura desta espécie de forma a impedir a redução da mesma nas nossas costas de forma irreversível. |
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Aquacultura de Chondrus crispus e extração de carragenanasMacroalgaAquaculturaChondrus crispusEcossustentabilidadeCarragenanasDomínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Outras Engenharias e TecnologiasSabe-se que as algas, no seu geral, são consumidas pelos seres humanos há milhares de anos. A procura deste alimento funcional, rico em compostos bioativos, continua a ser claramente superior nos países asiáticos (sendo parte da cultura culinária asiática), no entanto nos países ocidentais já se nota um crescimento na sua popularidade. A aquacultura de macroalgas poderá ser a solução para aumentar disponibilidade de biomassa algal e reduzir o seu custo drasticamente. A macroalga vermelha Chondrus crispus (conhecida comummente por Musgo Irlandês) é já reconhecida há séculos pelo seu uso alimentar e pelo seu teor em compostos de interesse para o Ser Humano. Com a visível diminuição deste recurso na nossa costa (nomeadamente devido à colheita excessiva para exploração e venda) e o seu elevado interesse biotecnológico, devido a compostos tais como as carragenanas, este estudo foca-se no desenvolvimento de técnicas de aquacultura desta espécie, de forma a mitigar os efeitos da sua colheita e verificar o teor em carragenanas. Foram comparadas quatro metodologias: Free Floating, Tentativa de fixação a Rocha, Gaiolas (cages) e linhas fixas semelhantes a Long Line. Visivelmente, o melhor método em termos de crescimento foi o Berçário 0, de tipologia Free Floating, em que ao 24º dia de cultivo obtivemos uma taxa específica de crescimento (SGR) de 2,08%/dia ± 0,47. O pior método em termos de crescimento foi o Berçário 2 (com tentativa falhada de fixação da alga à rocha), onde a SGR a 28 dias foi de 0,33%/dia ± 0,69. Já na extração de carragenanas da macroalga, toda a biomassa derivada dos métodos de aquacultura testados (Berçário 1- Free Floating; Berçário 2- Tentativa de fixação a rocha; e cages) demonstrou um menor teor de carragenanas quando comparada com a biomassa selvagem obtida por colheita (50,95%/dia ± 4,10). No entanto, o método Free Floating do Berçário 1 apresentou um teor de carragenanas aceitável de 31,43% ± 7,00. Após análise de valores de SGR semanais e redução de nutrientes na água dos berçários, foi visível uma correlação positiva. Devemos então investir na aquacultura desta espécie de forma a impedir a redução da mesma nas nossas costas de forma irreversível.It is known that algae in general have been consumed by humans for thousands of years. The demand for this functional food rich in bioactive compounds is still clearly higher in Asian countries (being embedded in Asian culinary culture), but its popularity is growing in Western countries. The aquaculture of macroalgae may be the key to increase the availability of algal biomass and reduce its cost drastically. The red macroalgae Chondrus crispus (commonly known as Irish Moss) has been recognized for centuries for its use as food and for its content of compounds of interest to humans. With the visible decline of this resource on our coast (notably due to over-harvesting for exploitation and sale) and its deepened interest due to compounds such as carrageenan, this study focuses on aquaculture of the species in order to mitigate the effects of its harvest and verify its carrageenan content. Four methods were compared: Free Floating, Attempted Rock Fixation, Cages and Long Line. The best method in terms of growth was Nursery 0, Free Floating, where at day 24 we obtained a Specific Growth Rate (SGR) of 2.08%/day ± 0.47. The worst method in terms of growth was Nursery 2 (with failed attempt to attach the alga to the rock), where the SGR at 28 days was 0.33%/day ± 0.69. As for the extraction of carrageenan from the macroalgae, all biomass derived from the aquaculture methods tested (Nursery 1- Free Floating; Nursery 2- Attempted Attachment to Rock; and Cages) showed a lower carrageenan content when compared to the wild biomass obtained by harvesting (50.95%/day ± 4.10). However, the Free Floating method in Nursery 1 showed an acceptable Carrageenan content of 31.43% ± 7.00. After analysing weekly SGR values and nutrient reduction in the nursery water, a positive correlation was apparent. Therefore, we must invest in the aquaculture of this species in order to prevent its irreversible reduction on our shores.Pereira, Leonel Carlos dos Reis TomásAfonso, Clélia Paulete Correia NevesIC-OnlineTanoeiro, João Rui de Azevedo Godinho Pereira2022-09-19T13:01:54Z2022-09-132022-09-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.8/7695TID:203061438porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-01-17T15:55:47Zoai:iconline.ipleiria.pt:10400.8/7695Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:50:36.268699Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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