As metodologias participativas e a parceria nos contextos de intervenção social: o caso do programa rede social
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/11022 |
Resumo: | O presente trabalho está inserido no âmbito do Mestrado em Serviço Social, ramo Território e Desenvolvimento sob o tema as Metodologias Participativas e a Parceria nos Contextos de Intervenção Social: o caso do Programa Rede Social. Este trabalho de investigação centrou-se na forma como os técnicos de intervenção social se implicam ou não, na implementação do Programa Rede Social no seu território, no caso em estudo, no concelho de Santa Marta de Penaguião. Procurou-se perceber o que são as parcerias, qual o seu impacto e quais as mais-valias para a intervenção social; perceber de que forma os técnicos de intervenção social têm perceção do funcionamento do Programa Rede Social e em que medida estão disponíveis para aprender e utilizar metodologias participativas e de planeamento estratégico. Foi também objeto de investigação identificar as mudanças que surgiram no território e na forma de agir dos técnicos de intervenção social com a implementação do Programa Rede Social. Para a recolha e análise de dados utilizou-se a metodologia qualitativa, tendo sido realizada uma entrevista a cada um dos 19 técnicos de intervenção social, com assento como parceiros no CLAS – Conselho Local de Ação Social de Santa Marta de Penaguião. Com o estudo, verificou-se que o Programa Rede Social é sem dúvida uma mais-valia na melhoria das condições de vida no concelho, resultado de uma partilha de informação e concertação de meios para a realização de uma intervenção mais integrada. Esta mais-valia é resultado da metodologia que o programa introduziu na forma de trabalhar/intervir dos interventores sociais. No entanto, e apesar dos aspetos positivos que a implementação do Programa Rede Social incutiu, surge também um aspeto negativo que tem a ver com o nível de participação dos técnicos de intervenção social na implementação do referido Programa. Verificou-se pouco envolvimento nas ações delineadas no âmbito do Programa, consequência da não valorização do trabalho em parceria pelas chefias destes técnicos. A maior parte dos parceiros participa nas reuniões Plenárias de CLAS, mas assume uma atitude passiva na tomada de decisões coletivas e no desenvolver de estratégias de ordem comum a todos. Esta passividade tem a ver com a falta de delegação de competências nestes técnicos, que são quem participa nas reuniões plenárias. Estão presentes mas não têm poder de decisão. Este individualismo institucional e dificuldade de partilha por parte dos órgãos decisores das várias entidades, dificulta o trabalho do técnico de intervenção social; embora este, esteja disponível para aprender e utilizar as metodologias participativas e de planeamento estratégico, ferramentas essenciais para a existência de uma intervenção integrada e concertada. |
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No entanto, e apesar dos aspetos positivos que a implementação do Programa Rede Social incutiu, surge também um aspeto negativo que tem a ver com o nível de participação dos técnicos de intervenção social na implementação do referido Programa. Verificou-se pouco envolvimento nas ações delineadas no âmbito do Programa, consequência da não valorização do trabalho em parceria pelas chefias destes técnicos. A maior parte dos parceiros participa nas reuniões Plenárias de CLAS, mas assume uma atitude passiva na tomada de decisões coletivas e no desenvolver de estratégias de ordem comum a todos. Esta passividade tem a ver com a falta de delegação de competências nestes técnicos, que são quem participa nas reuniões plenárias. Estão presentes mas não têm poder de decisão. Este individualismo institucional e dificuldade de partilha por parte dos órgãos decisores das várias entidades, dificulta o trabalho do técnico de intervenção social; embora este, esteja disponível para aprender e utilizar as metodologias participativas e de planeamento estratégico, ferramentas essenciais para a existência de uma intervenção integrada e concertada.This dissertation is integrated within the scope of the master’s degree in social service, more precisely the territory and development field, on the subject of participatory methodologies and partnership in social intervention contexts: the case of the Social Network Program. The presented research focused on how social intervention practitioners are involved or not in the implementation of the Social Network Program in their territory, in this case, in the municipality of Santa Marta de Penaguião. The understanding of what the partnerships are, their impact and their benefits for social intervention was sought, and how social intervention practitioners perceive the functioning of the Social Network Program and to what extent they are available to learn and use participatory methodologies and strategic planning. Identifying the changes that emerged in the territory and the way social intervention practitioners act with the implementation of the Social Network Program was also a topic of the research. For the analysis and collection of data, a qualitative methodology was used, with interviews being conducted with each of the nineteen social intervention practitioners, of which each hold a seat as partners in CLAS – Local Council of Social Action of Santa Marta de Penaguião. With this study, it was found that the Social Network Program is undoubtedly an advantage in improving living conditions in the municipality, a result of sharing information and concerting the means to carry out a more integrated intervention. This benefit is the result of the methodology that the program introduced by way of working/intervening by intervening social agents. However, despite the positive aspects that the implementation of the Social Network Program has instilled, there is also a negative aspect that has to do with the level of participation of social intervention practitioners in the implementation of that program. It was found that there was little involvement in the actions outlined in the scope of the program, a consequence of the nonappreciation of the partnership work that is given by the heads of these practitioners. Most of the partners participate in the CLAS plenary meetings but take a passive attitude in collective decision-making and in developing strategies that are common to all. This passivity has to do with the lack of delegation of competences in these practitioners, who are the ones who participate in the plenary meetings. They are present but have no decision-making power. This institutional individualism and the difficulty of “sharing it” by the decision-making bodies of the various entities makes the social intervention practitioners’ work difficult; although they may be available to learn and use participatory methodologies and strategic planning, essential tools for the existence of an integrated and concerted intervention.2022-02-09T15:35:57Z2021-09-23T00:00:00Z2021-09-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/11022porFernandes, Sara Marina Silva Teixeirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:25:24Zoai:repositorio.utad.pt:10348/11022Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T01:59:43.040162Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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