A empatia percepcionada pelo doente segundo o número de consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas no último ano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10316/82598 |
Resumo: | Trabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina |
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A empatia percepcionada pelo doente segundo o número de consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas no último anoThe empathy perceived by the patient according to the number of General and Family Medicine consultations carried out in the last yearEmpatiaRelação Médico-DoenteJSPPPEPercepção do doenteNúmero de consultasEmpathyDoctor-Patient RelationshipJSPPPEPatient perceptionNumber of consultationsTrabalho de Projeto do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de MedicinaResumoIntrodução: No momento da entrevista clínica, a empatia assume-se como um factor importante na relação médico-doente. Nessa relação empática, o médico aprofunda os factores de risco, sintomas e problemas de cada doente e confere ao doente, satisfação e confiança no médico, aumentando dessa maneira a adesão ao plano terapêutico. A empatia médica, por outro lado, proporciona maior realização profissional médica e consequentemente, diminuição do risco de stresse. É importante avaliar a empatia na relação médico-doente, mas interessa também saber se esta tem influência no número de consultas realizadas, podendo dessa forma aumentar ou diminuir os custos relativos com a saúde.Objectivo: Avaliar a empatia percepcionada pelo doente na relação médico-doente e fazer a correlação com número de consultas de Medicina Geral e Familiar realizadas no último ano.Métodos: Num estudo observacional e transversal, foi aplicado o questionário Jefferson Scale of Patient Perceptions of Physician Empathy (JSPPPE), à saída da consulta com o médico de medicina geral e familiar, durante os meses de Agosto, Setembro e Outubro de 2016. A amostra de conveniência foi constituída por 115 utentes da Unidade de Saúde Familiar (USF) Topázio em Eiras, 46 homens e 69 mulheres. Simultaneamente foram registados os dados de cada utente relativamente à idade, sexo, grau de instrução, médico assistente, número de doenças crónicas e número de consultas realizadas no último ano. Posteriormente, os dados foram tratados com estatística descritiva e inferencial.Resultados: Em relação ao JSPPPE, os doentes com duas ou menos consultas deram em 71,4% dos casos respostas máximas em todas as perguntas, no caso dos doentes com três a cinco consultas e superior à seis consultas, as respostas foram de 70,7% e 61,1% respectivamente.A pergunta 5 – É um médico que me compreende? – tem a melhor resposta nos grupos de doentes com duas consultas ou menos (85,7%) e com mais de seis consultas (77,8%), no grupo entre três e cinco consultas foi a pergunta 1 – Consegue compreender as coisas na minha perspectiva? - que teve melhores respostas (82,9%).Nos três grupos de doentes, a pergunta 2 – Pergunta acerca do que está a acontecer na minha vida? – foi a que teve piores respostas, 76,8% nas pessoas com 2 ou menos consultas, 73,2% entre três e cinco consultas e 61,1% com seis ou mais consultas.Havia diferenças estatisticamente significativas entre número de consultas e a idade (mais idade correspondendo a mais consultas, p=0,001), número de doenças crónicas (mais doenças crónicas correspondendo a mais consultas, p<0,001) e sexo (mulheres mais consumidoras de consultas, p=0,009). A correlação entre os resultados obtidos pelo JSPPPE e o número de consultas indicou não haver diferenças significativas (p=0,665).Discussão e Conclusão: Apesar de limitado a apenas uma USF e amostra de conveniência, o presente estudo mostra que estes doentes estão numa relação empática com o seu médico de família. Verificou-se que há um maior número de consultas em utentes do sexo feminino, com mais de 50 anos e com mais de duas doenças crónicas. Deste estudo, concluiu-se que não há diferenças estatisticamente significativas entre o número de consultas médicas durante um ano e a empatia na relação médico-doente, ou seja, a relação empática não parece influenciar o aumento ou diminuição das consultas que por sua vez poderia influenciar os custos em saúde.AbstractBackground: At the time of the clinical interview, empathy is assumed to be an important factor in the doctor-patient relationship. In this empathic relationship, the doctor deepens the risk factors, symptoms and problems of each patient and gives the patient satisfaction and confidence in the doctor, thus increasing adherence to the therapeutic plan. Medical empathy, on the other hand, provides greater medical professional achievement and consequently, reduced risk of stress. It is important to evaluate empathy in the doctor-patient relationship, but it is also important to know if it has an influence on the number of consultations performed, thereby increasing or decreasing health-related costs.Objectives: To evaluate the empathy perceived by the patient in the doctor-patient relationship and to correlate with the number of General and Family Medicine consultations carried out in the last year.Methods: In an observational and cross-sectional study, the Jefferson Scale of Patient Perceptions of Physician Empathy (JSPPPE) questionnaire was applied after the consultation with general practitioner and family physician during the months of August, September and October 2016. The sample of convenience was constituted by 115 users of the Topázio Family Health Unit (USF) in Eiras, 46 men and 69 women. At the same time, each patient's data regarding age, sex, educational level, medical assistant, number of chronic diseases and number of consultations carried out in the last year were recorded. Subsequently, the data were treated with descriptive and inferential statistics.Results: For patients with two or fewer consultations, 71.4% of the patients presented maximal responses in all questions, and in the case of patients with three to five consultations and six patients, the responses were 70, 7% and 61.1%, respectively.Question 5 – My doctor is an understanding doctor? - has the best response in groups of patients with two or fewer consultations (85.7%) and with more than six consultations (77.8%), in the group of three to five consultations was question 1 – My doctor can view thing from my perspective? - which had better answers (82.9%).In the three groups of patients, question 2 – My doctor asks about what happening in my daily life? - was the one with the worst answers, 76.8% in people with 2 or fewer consultations, 73.2% in three to five consultations, and 61.1% in six or more consultations.There were statistically significant differences between the number of consultations and the age (more age corresponding to more consultations, p = 0.001), number of chronic diseases (more chronic diseases corresponding to more consultations, p <0.001) and sex (women who consumed more consultations, p = 0.009). The correlation between the results obtained by the JSPPPE and the number of consultations indicated that there were no significant differences (p = 0.665).Discussion and Conclusion: Although limited to only one USF and convenience sample, the present study demonstrated that patients are in an empathic relationship with their GP. It was verified that there is a greater number of consultations in female users, more than 50 years old and with more than two chronic diseases. From this study, it was concluded that there are no statistically significant differences between the number of medical consultations during one year and the empathy in the doctor-patient relationship, that is, the empathic relationship does not seem to influence the increase or decrease of the consultations that could in turn Health costs.2017-06-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/82598http://hdl.handle.net/10316/82598TID:202048080porGonçalves, Sérgio Alberto Correiainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2019-06-02T14:14:08Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/82598Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:04:28.406217Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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